A atividade fez parte de um chamado da Federação Única dos Petroleiros (FUP)
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) realizou, na manhã desta quinta-feira (1º), um trancaço no Terminal de Cabiúnas em Macaé, que reuniu cerca de 500 trabalhadores durante três horas. A atividade fez parte de um chamado da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e dos sindicatos petroleiros, para realização de atos nacionais na luta por um Acordo Coletivo digno e contra o desmonte do sistema Petrobras.
Segundo o Coordenador Geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, o motivo do protesto é a privatização da empresa e por não ter avanços no acordo coletivo com a Petrobras. “Estamos protestando contra todos os ataques e redução de direitos que estão sendo feitos pelo atual governo e a gestão da estatal. Não vamos aliviar. Vamos continuar a luta, porque juntos somos mais fortes”, disse Tezeu.
O Coordenador Geral da FUP, José Maria Rangel, também esteve em Cabiúnas. E lembrou que o Acordo Coletivo da Petrobras também atinge os terceirizados e contratados, fazendo uma alusão ao fundo garantidor na cláusula 101. “O nosso Acordo Coletivo tem algumas cláusulas que tentam pelo menos dar dignidade aos trabalhadores terceirizados e que a Petrobras quer retirar, porque incomoda. Nós queremos garantir que o FGTS e o INSS seja recolhido e que o trabalhador receba suas verbas rescisórias no final dos contratos”, disse.
Os sindicatos petroleiros estão realizando atos desde terça-feira (30), nas principais bases da Petrobras. Primeiro foi nas unidades da Transpetro. Quarta-feira (31), a luta foi concentrada nas refinarias e fábricas de fertilizantes nitrogenados, com ampla participação da categoria. Hoje e amanhã os atos acontecem nas áreas de E&P, termoelétricas, usinas de biodiesel e bases administrativas.
Os petroleiros lutam pela manutenção dos direitos e empregos, conforme assegurado pelo atual Acordo Coletivo. Para a categoria petroleira a preservação do ACT está diretamente ligada ao enfrentamento contra a desintegração do Sistema Petrobras e privatização das unidades, como querem os gestores da empresa.
Fundo Garantidor
Cláusula 101 – Contratos de Prestação de Serviços – A companhia compromete-se em exigir das empresas contratadas para prestação de serviços comprovante de caução, pagamento de seguro-garantia, fiança bancária ou outra garantia suficiente e adequada, para cobertura de verbas trabalhistas e rescisórias, no prazo de 10 dias contados da data de assinatura do contrato, em percentual equivalente até 5% do seu valor global ou da parcela de mão de obra referente ao serviço prestado, com validade de 60 dias após o termino da vigência do contrato.