A Petrobras confirmou, que fará um ajuste na lotação dos empregados que atuam nas plataformas da Bacia de Santos
A Petrobras informou que, a partir de junho, serão transferidos para o Rio de Janeiro 937 funcionários em regime especial que atuam em sete plataformas de exploração e produção de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, em São Paulo.
De acordo com a Petrobras, a decisão de mudar os colaboradores para o Rio de Janeiro será para reduzir os custos da companhia, a medida vai impactar cerca de 20 por cento desses empregados que vivem na Baixada Santista. Desde abril de 2018, os voos deixaram de partir do Aeroporto de Itanhaém e foram transferidos para o de Jacarepaguá (RJ).
Atualmente a Petrobras oferece aos petroleiros o traslado de Santos até o aeródromo fluminense e vice-versa, mas isso acabará e o grupo será obrigado a custear do próprio bolso esses deslocamentos.
Por conta da pandemia de coronavírus, a Petrobras continuará disponibilizando o transporte, assim como a hospedagem pré-embarque para os trabalhadores em regime offshore.
De acordo com Fábio Mello, coordenador do Departamento de Imprensa do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), os efeitos dessa medida tomada pela Petrobras vão além, porque não haverá mais sentido dela manter no edifício administrativo do Valongo, em Santos, todas as atividades de apoio para esses operadores.
“Podemos estar falando do fechamento de outros 600 a mil postos de trabalho. Isso sem contar o colapso que vai causar na região por causa dos restaurantes e outros negócios criados em torno do Edisa (edifício administrativo da Petrobras, no Valongo), onde hoje trabalham cerca de 2.500 pessoas”, disse Mello
O sindicalista disse também que, em 2019, houve uma transferência de Santos para o Rio de Janeiro de parte de profissionais ligados à área de exploração e produção, como geólogos e engenheiros. No início, a empresa pretendia erguer três torres no Valongo, mas apenas uma saiu do papel.