CGOR da Petrobras realiza estudos de rochas no fundo do mar para encontrar e produzir petróleo apoiando a perfuração de poços ligados ao Plano de Revitalização da Bacia de Campos
Atuar na construção do poço, coletar e descrever os cascalhos de rocha trazidos para a superfície pelo fluido (lama) injetado e realizar a caracterização das propriedades das rochas. Essas são apenas algumas etapas do processo de identificação de petróleo em um poço para extração, executado pelo Centro Geológico de Operação Remota e Automação (CGOR), localizado na Base Imbetiba em Macaé e inaugurado este mês pela Petrobras.
O CGOR é uma das estruturas da companhia que apoiam a perfuração de poços ligados ao Plano de Revitalização da Bacia de Campos, que recebeu o aporte de US$ 16 bilhões como parte do Plano Estratégico da Petrobras (PE 2022-2026).
CGOR atendeu cerca de 115 poços e já são 242 mil horas a menos de exposição humana ao risco no ambiente offshore.
A companhia tem buscado meios de diminuir o efetivo a bordo para alcançar diversos objetivos e esse trabalho se intensificou durante a pandemia pela necessária redução do número de colaboradores nas sondas e o consequente decréscimo do número de voos para os embarques. Como resultado, de 2020 até hoje, foram atendidos pelo CGOR 115 poços de petróleo e já são 242 mil horas a menos de exposição humana ao risco no ambiente offshore.
Devido às emissões de voos evitados e horas não paradas de sonda, economizou-se R$ 93 milhões (2020-2022) e os ganhos em resiliência climática se tornaram mais tangíveis, deixando de ser emitidas 3.879,8 ton de carbono de 2021 até hoje — isso equivaleria a, aproximadamente, oito voos (Boeing 737-800) de ida e volta do Rio de Janeiro a Portugal ou ao plantio de 77 mil árvores para captura de CO2.
Dados geológicos
A Aquisição de Dados Geológicos ocorre em todos os poços em perfuração — exploratórios ou de desenvolvimento da produção. Por isso, o CGOR pode atender a qualquer poço perfurado no Brasil ou exterior, desde que a Petrobras seja operadora e após avaliação da aplicabilidade dos métodos, levando em conta uma série de fatores, desde infraestrutura até análise de riscos.
As linhas de mudlogging, MWD/LWD, direcional e perfilagem a cabo referem-se a alguns dos serviços indispensáveis durante a perfuração de um poço de petróleo — fundamentais não apenas para auxiliar nessa operação, como também para aquisição de dados geológicos que permitirão interpretar os tipos de rochas que estão sendo perfuradas e para indicar onde está o petróleo.
Por Flavia Marinho/ Click Petróleo e Gás