Entre elas estão ausência da emissão de CAT, falta de informações de contaminação, testagem ampla, realização de exames no retorno e após o trabalho
O Sindipetro-NF realizou mais uma denúncia grave contra a Petrobras na última sexta-feira (8), através de umofício a diversas instâncias do poder público e órgãos de fiscalização para cobrar providências em relação à negligência da Petrobrás na prevenção à covid-19. O sindicato divulgou uma lista com 15 situações graves vivenciadas pelos petroleiros e funcionários que prestam serviço na região do Norte Fluminense.
São apontados a ausência da emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), a falta de informações sobre os casos de contaminação, a falta de testagem ampla, a falta de exames no retorno ao trabalho após contaminação, o não recebimento de resultados de exames que dão negativo, e a realização de medições de temperatura por vigilantes da segurança patrimonial (e não por profissionais de saúde).
O documento registra ainda o excesso de passageiros em ônibus e vans, a falta de local adequado para refeições em Cabiúnas, a falta de fornecimento de máscaras de alta proteção, a ausência de testes entre petroleiros terceirizados, a ausência de testes nos trabalhadores dos aeroportos, a precariedade do atendimento médico nas unidades da Petrobrás, a falta de abono de faltas em casos suspeitos, a falta de atendimento a orientações da Anvisa, e a discriminação no acesso ao refeitório de Cabiúnas.
O ofício foi motivado pela falta de abertura da Petrobrás ao diálogo com o sindicato. “A entidade sindical, desde os primeiros casos de contágio pelo Covid-19, enviou dez ofícios para as gerências da Petrobrás, oferecendo alternativas, cobrando ações e se colocando à disposição para discutir formas eficientes para minimizar a propagação do coronavírus entre os trabalhadores”, afirma o documento.
A entidade complementa: “porém, apenas um destes ofícios foi respondido pela companhia e, além de não contemplar os questionamentos realizados, não forneceu nenhum encaminhamento eficaz e/ou demonstrou um plano para resguardar a saúde e segurança dos trabalhadores”.
O documento do Sindipetro-NF foi enviado para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Câmaras de Vereadores de Campos dos Goytacazes e de Macaé, Ministério Público do Trabalho, Agência Nacional do Petróleo, Superintendência Regional do Trabalho, Anvisa, Capitania dos Portos e Ompetro (Organização dos Municípios Produtores de Petróleo).