A origem do vazamento ainda não foi identificado, mas especialista acredita que o derramamento de resíduo se deve à falta de manutenção nas embarcações
O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) do Norte Fluminense vai apurar o vazamento de óleo, registrado no fim da tarde da última quinta-feira (23), na Praia de Imbetiba, em Macaé. A mancha de óleo chamou atenção das autoridades da cidade. Moradores registraram o momento em que a mancha tomou conta da orla e chegava até a faixa da areia.
A diretora do Sindipetro, Rosângela Buzanelli, afirma que a origem do vazamento ainda não foi identificado, mas o resíduo derramado no mar foi coletado pela Petrobras e encaminhado para a análise.
Rosângela afirma que esse tipo de crime é preocupante à vida marítima, à balneabilidade e ao ser humano, devido a composição química que afeta a pesca
“Estamos aguardando o resultado da análise que será divulgada pela estatal para juntos tomarmos providências necessárias”, disse Rosângela.
Na manhã de sexta-feira (24), o mar não apresentava manchas de óleo. A diretora do Sindipetro explica que um plano de emergência foi imediatamente acionado pelas empresas e medidas de controle da situação foram tomadas, cessando o vazamento.
Ela acredita que, a falta de manutenção em navios e outros tipos de embarcações acaba comprometendo o ambiente e afeta o ser humano. “Ainda não temos dados concretos do volume de óleo derramado no mar, o que podemos afirmar é que o vazamento foi sanado”, enfatizou.
Júlio Leitão é gestor ambiental e diz que esse tipo de derramamento de óleo é frequente na costa marítima de Macaé devido à falta de fiscalização e manutenção nas embarcações. “Não é novidade que esse tipo de crime ambiental é registrado na cidade. Infelizmente as empresas não têm consciência dos danos que estão causando ao meio ambiente. O derramamento de óleo foi nítido e acaba afetando a pesca e o criadouro de tartarugas que fica localizado na costa de Marechal Hermes”, detalha Júlio.
Ele acredita que o vazamento pode ter sido provocado por navios de transporte de cargas, e consequentemente houve um incidente durante a remoção da carga. Júlio orienta para que banhistas evitem entrar no mar até que o Inea realize a análise da água no mar, pois a água contaminada pode provocar sérios problemas de saúde.