Segundo estatal, medida decorre do recuo de 11,9% do preço do petróleo e da desvalorização do dólar
Com validade a partir de 1º de fevereiro próximo, a Petrobras acaba de anunciar a redução em 11,1% do preço do gás natural que vende às distribuidoras (transportado ou distribuído por dutos), o que não afeta o valor dos botijões de gás, que é reajustado pelo GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
Como fatores determinantes da medida, em nota, a petroleira esclareceu que ela decorre do recuo de 11,9% do preço do petróleo, no trimestre compreendido entre os meses de novembro do ano passado e janeiro corrente, bem como pela desvalorização de 0,2% do dólar. A estatal também explica que os contratos com a distribuidoras são atualizados a cada trimestre, sempre levando em conta a variação dos preços do petróleo e do dólar.
“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”, assinala o documento da estatal.
Nova estratégia – Com a nova política de energia, adotada pelo governo Lula, a Petrobras precisará abrir negociações, no âmbito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com o objetivo de rever os acordos pactuados em 2019, que previam a abertura dos mercados de refino e de gás natural.
Tal orientação, no entanto, contrasta com posições recentes do Executivo recém-empossado, no sentido de suspender a venda de ativos e ampliar os investimentos na petroleira, como o retorno à produção de fertilizantes e ampliação da oferta de refino, como alguns exemplos.
Segundo analistas, a preocupação do mercado se deve à instituição de uma política de preços diferenciada para os combustíveis pela estatal (fora da regras de mercado), o que implicaria uma reviravolta nas diretrizes da companhia petrolífera que, nos últimos anos, priorizou a venda de ativos, colocando foco exclusivo no pré-sal e na distribuição de dividendos.
Por site Capitalist