Muitos dos entrevistados têm ensino superior e prezam pela flexibilidade de horário de trabalho
Mais da metade dos motoristas cadastrados na plataforma Uber tem ensino superior (51%), segundo pesquisa da própria empresa de transporte por aplicativo, divulgada no último dia 15. Conforme o levantamento, o número é menor entre os entregadores (38%).
Dentre os principais motivos para prestar serviço por aplicativo, ter horário flexível foi citado por 71% dos entrevistados, enquanto a possibilidade de ser seu próprio chefe foi lembrada por 60%. Esse fator, considerado importante para os trabalhadores, diz respeito à liberdade de poder trabalhar meio período por questões familiares, educacionais ou de saúde.
Em um ano difícil para o bolso dos trabalhadores brasileiros, com destaque para o aumento de cesta básica, da gasolina e demais meios de transporte, ter renda suficiente para arcar com os gastos mensais tornou-se desafiador. Pensando nisso, 66% dos motoristas e entregadores entrevistados pela pesquisa alegaram oferecer serviço de transporte para repor a renda perdida durante a pandemia.
A pesquisa foi feita pelo Instituto Datafolha com 1.583 motoristas e 848 entregadores nas cinco regiões do Brasil. Dentre o perfil dos entrevistados, 92% dos trabalhadores são homens, e 63% têm filhos.
Aumento na renda
O Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, divulgou uma pesquisa feita com com mais de 8.500 egressos e alunos de graduação do país conclui que o número de pessoas que recebem acima de R$5 mil teve um crescimento de 135% após a conclusão da faculdade.
O levantamento aponta que houve alguma melhoria na vida pessoal ou profissional do entrevistado após o diploma para 82,2% dos graduados. Entre as melhorias citadas pelos egressos de instituições privadas estão o salário (24,9%), o ingresso em uma pós-graduação (19,9%) e a conquista do primeiro emprego ou um novo emprego dentro da sua área de formação (33%).
A pesquisa informa, ainda, que para 78,8% dos egressos em instituições privadas e 77,8% em públicas, a graduação foi importante para ingressar no mercado de trabalho.