A suspeita de Zonshine ganha relevância após a ação efetuada pela Polícia Federal do Brasil nesta quarta-feira, que resultou na prisão de dois indivíduos ligados à organização
Em declaração ao jornal O Globo, o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, alertou sobre a presença de apoiadores do Hezbollah no Brasil, um grupo terrorista com origens libanesas. A suspeita de Zonshine ganha relevância após a ação efetuada pela Polícia Federal do Brasil nesta quarta-feira, que resultou na prisão de dois indivíduos ligados à organização. Além das prisões, foram realizadas operações de busca e apreensão em três estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal – numa iniciativa que contou com a cooperação do Mossad, a agência de inteligência israelense.
A operação da Polícia Federal brasileira vem à tona em um contexto de alerta para possíveis ataques a entidades judaicas no Brasil, semelhantes aos ocorridos na Argentina. O embaixador Zonshine rememorou o ataque à Amia em Buenos Aires, que resultou na morte de 85 pessoas em 1994, um atentado pelo qual o Hezbollah e o regime iraniano foram formalmente acusados pela Promotoria argentina em 2006. Zonshine sublinhou a natureza do financiamento do grupo, que, segundo ele, provém tanto do Irã quanto do tráfico de drogas.
A preocupação com a segurança em território brasileiro se intensifica à luz das recentes descobertas. Zonshine foi enfático ao expressar a gravidade da situação: “O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”. A menção à Tríplice Fronteira como um ponto de apoio ao grupo terrorista reforça o nível de alerta das autoridades.