O partido de esquerda critica seus pares e os acusa de praticar autoritarismo
O Partido da Causa Operária (PCO) é a única sigla de esquerda que saiu em defesa do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) que pode ser alvo de um pedido de cassação após defender mulheres biológicas em seu discurso no Dia Internacional da Mulher.
Na visão da sigla, querer que o parlamentar eleito com o maior número de votos da história do país perca o mandato é um perigo para a democracia.
– Sobre o caso Nikolas Ferreira: a cassação do mandato do deputado significaria suprimir o voto de 1.492.047 de pessoas. Ou seja, é muito pior que a censura de um indivíduo, algo que já não deveria ser aceito em um regime democrático. Isso aumenta o precedente para uma ditadura – disse a legenda.
No Twitter, o PCO afirmou ainda que o desejo de repressão da esquerda contra quem pensa diferente deles faz “o bolsonarismo” crescer e não ajuda as mulheres trans.
– As mulheres trans não ganharam nada, já o bolsonarismo cresce em cima dessa política totalmente falida que é o identitarismo – opinou o partido.
O PCO ainda fez outras publicações sobre a questão LGBTQ+ e as leis brasileiras. O partido chegou a dizer que “crime da LGBTfobia é uma aberração jurídica” e que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou esse crime ao racismo é mais um exemplo da “ditadura” do judiciário, pois as leis devem ser criadas pelo Poder Legislativo.
– Sobre a polêmica da LGBTfobia: “Não há crime sem lei anterior que o defina”, diz o art. 1º do Código Penal. Já o art 5º da Constituição: II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Não só isso, como se de fato LGBTfobia fosse uma lei real, e não uma interpretação do STF, ainda há o art 5º da Constituição Federal de 1988 que afirma: IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato – completou o PCO.
Por Portal Novo Norte