Prefeito de Macaé na gestão 1967/1970, ele se tornou uma das maiores lideranças políticas do Estado do Rio.

Um grupo de antigos amigos e alguns familiares lembraram, nesta segunda-feira (04), os 30 anos do falecimento do ex-prefeito de Macaé, Cláudio Moacyr de Azevedo, aos 59 anos de idade, ocorrido em 1995, vítima de um derrame cerebral.

Nascido em 14 de dezembro de 1935, filho de Álvaro Bruno de Azevedo e Zelita Rocha, Cláudio Moacyr estudou no Colégio Macaense (hoje Luiz Reid), onde concluiu o Científico (atual Ensino Médio), e cursou a Faculdade de Direito em Niterói (posteriormente Universidade Federal Fluminense – UFF), onde atuou no diretório acadêmico que ajudou a criar, sendo também seu primeiro presidente.

Em 1959, ajudou a fundar a União Fluminense de Estudantes, da qual foi presidente. No Direito, escolheu a área criminal, na qual se destacou pelo dom da oratória.

Com a eclosão da ditadura em 1964, passou a defender presos políticos de Macaé, conseguindo, com sua perspicácia e oratória, absolver todos sem exceção, trabalhadores, muitos deles ferroviários da cidade, e até 12 militares enquadrados pelo regime ditatorial.

Fundador do antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido pelo qual foi eleito prefeito em 1966 e, posteriormente, deputado estadual em 1970, cargo que exerceu com brilhantismo, sendo reeleito por cinco mandatos consecutivos, chegou à presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, após a fusão dos antigos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara.

Em 1974, fundou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (FAFIMA). Quando prefeito, mesmo com poucos recursos, conseguiu pavimentar 80% das ruas da cidade, construiu escolas nos distritos e nos bairros mais pobres, a elevatória de esgotos do bairro Miramar, as duas pistas da Avenida Papa João XXIII, urbanizou a Praia dos Cavaleiros, modernizou a Rua da Praia, estradas vicinais e bibliotecas em Carapebus e Quissamã, então terceiro e quarto distritos de Macaé.

Márcia Franco de Azevedo Curvelo e Elizabeth de Azevedo Ramos, sobrinhas e ativas diretoras da Fundação Educacional Luiz Reid, mantenedora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé, comentaram:

“Lembrar um momento como esse aumenta nossa saudade, e entendemos que não podemos deixar cair no esquecimento uma figura ímpar e liderança política até hoje lembrada não só nos meios políticos, mas também sociais.”