Este apontamento de Biden surge em um momento de descontentamento generalizado entre os consumidores americanos, com uma pesquisa da Axios Vibes revelando que 59% dos entrevistados se sentem afetados emocionalmente ao fazerem compras
O presidente dos EUA, Joe Biden, direcionou críticas aos supermercados, responsabilizando-os pelo aumento acentuado nos preços dos alimentos, um reflexo das dificuldades enfrentadas pela sua política econômica desastrosa.
Biden alegou que, apesar da inflação estar em queda nos Estados Unidos — atualmente mais baixa do que em outras grandes economias globais —, e de terem sido tomadas medidas para reduzir os custos de itens básicos como ovos, leite, frango e gasolina, supermercados estariam, segundo ele, manipulando os preços para seu próprio benefício, exacerbando os efeitos negativos para os consumidores americanos.
Este apontamento de Biden surge em um momento de descontentamento generalizado entre os consumidores americanos, com uma pesquisa da Axios Vibes revelando que 59% dos entrevistados se sentem afetados emocionalmente — entre raiva, ansiedade e resignação — ao fazerem compras, principalmente devido ao impacto da inflação nos preços dos alimentos. A pesquisa reflete a percepção pública de que, desde 2020, houve um aumento significativo no custo da vida, confirmado por dados do Bureau of Labor Statistics que indicam um aumento de cerca de 25% nos gastos com mantimentos em comparação com dezembro de 2019.
Adicionalmente, a Reserva Federal manteve as taxas de juros entre 5,25% e 5,5%, o nível mais alto em 22 anos, pela quarta vez consecutiva, sinalizando prudência antes de qualquer redução nas taxas. Esta ação reflete a complexidade da situação econômica atual, onde a inflação ainda representa uma preocupação significativa, apesar dos esforços para mitigá-la.
A estratégia de Biden, ao culpar os supermercados pelo aumento vertiginoso nos preços dos alimentos, destaca-se como uma tentativa de desviar a atenção das críticas à sua gestão econômica. O presidente enfatiza os desafios enfrentados pelos consumidores americanos, ao mesmo tempo que defende as iniciativas de sua administração, denominadas “Bidenomics”, como passos em direção à melhoria econômica, apesar das evidências do impacto direto das políticas atuais no custo de vida dos cidadãos.