Presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Francisco Navega. Divulgação

Cidade pós-pandemia precisa ser discutida com menor intervenção política

Não restam dúvidas de que a economia, e tudo que o setor representa para o cotidiano dos mais de 250 mil moradores de Macaé, é a área mais impactada pela pandemia do Coronavírus. Companhias fechadas, demissões em massa e endividamento crescente, representam hoje a dura realidade da classe empresarial local que tenta enxergar um caminho para o município em um futuro pós-pandemia. Mesmo que o discurso político ainda seja pautado pela centralização do poder as custas do COVID-19.

Primeiro setor a defender as interdições e medidas restritivas adotadas pelo governo como caminho de conter o contágio local do vírus, a classe empresarial buscou ao longo desses quase seis meses de isolamento e quebradeira, um discurso franco e aberto para participar das decisões que interferissem, de forma mais amena, na já prevista recessão dos segmentos que representam o berço da economia local, em especial o comércio a indústria de óleo e gás.

Caminhos foram construídos, idéias foram apresentadas e um plano chegou a ser traçado. A partir disso, a condução das ações que pautam agora a sobrevivência da economia requer um olhar bem mais apurado que o da medicina.

“Fomos os primeiros a adotar a máscara, o álcool em gel e o distanciamento social como o “novo normal”. Também fomos os primeiros a defender a testagem ampla, ao abraçar o projeto de se instalar em Macaé um centro de testes para o COVID. Sabemos das nossas responsabilidades e, por isso, já está na hora de se pensar na Macaé pós-pandemia”, afirma o presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Francisco Navega.
Pode até parecer duro, mas o tom levantado pela classe empresarial não está relacionado apenas ao que se espera da rotina de Macaé pelos próximos meses. O que, de fato, modificará e vai garantir a superação da cidade deste cenário, é o que será construído a partir do próximo ano.

“Acreditamos que todos já deram a sua contribuição para tentar mudar o cenário da pandemia. Respeitamos o momento da Saúde e sabemos que o controle da atual fase do Coronavírus depende de cada um de nós, empresários, que movimentamos a rotina da cidade. Assumimos o nosso compromisso e queremos discutir o que será de todos nós após essa fase passar. E, por isso, precisamos eleger novas lideranças que saibam compreender a importância do nosso trabalho e do que representamos para o equilíbrio financeiro e político da nossa cidade”, defende Navega.

Esse posicionamento é defendido, não apenas pela ACIM, mas pelas demais instituições que participam do cotidiano econômico e empresarial da cidade, e que se mobilizam para construir uma agenda pragmática para o setor, aproveitando a expertise local e reconhecendo erros e acertos registrados pela cidade nos últimos anos.

“A pandemia não pode ser a única pauta de Macaé. Reconhecemos que esse cenário ainda vai permanecer na nossa rotina por mais tempo, mas precisamos discutir o que será de todos nós, das nossas empresas e do emprego dessa cidade a partir de agora”, finaliza Navega.

1 COMENTÁRIO

  1. A pandemia será a única pauta daqui por diante. Todos os países que abriram observando as orientações científicas, como os da Europa, ja estão fechando de novo, pois as pessoas estão se aglomerando em áreas de lazer e de comércio e causando a chamada segunda onda de contágio. O prefeito de Macaé é médico e teve a Covid. Ninguém melhor do que ele para orientar a população. O resto é discurso eleitoreiro.