Sem recurso na área de Saúde para atender a população, secretaria transferiu pacientes em estado grave com novo coronavírus
O caos na área de saúde na cidade de Rio das Ostras agoniza há anos e nesse período de pandemia do novo coronavírus a situação é ainda mais grave. Na noite de última sexta-feira (15), duas ambulâncias da cidade de Rio das Ostras, transportaram pacientes com Covid-19 para o Hospital São Vicente de Paulo, em Bom Jesus do Itabapoana.
Durante o percurso, os pacientes pioraram e a equipe médica teve que parar no Pronto Socorro Municipal de Italva para uma estabilização.
Após os procedimentos, as ambulâncias seguiram para o Hospital São Vicente de Paulo em Bom Jesus do Itabapoana. Os pacientes de Rio das Ostras entraram na unidade de saúde pelo PU. Um deles veio à óbito e outros seguem internados em estado grave.
Segundo um enfermeiro da unidade de saúde, outros pacientes de Rio das Ostras e Carapebus também foram transferidos para o Hospital de Bom Jesus do Itabapoana.
Ainda no fim de semana, uma outra ambulância de Carapebus deixou pacientes com Coronavírus, no Hospital São Vicente de Paulo, sendo eles encaminhados pra UTI.
O Hospital São Vicente de Paulo foi proibido pelo Decreto da Prefeitura Municipal de Bom Jesus do Itabapoana de receber pacientes de outras cidades, e mesmo com o Decreto passou a receber.
A cidade de Carapebus fica entre Campos dos Goytacazes e Macaé, e Rio das Ostras, é cidade vizinha a Macaé, que está com 70% dos leitos vazios para receber pacientes, segundo informações de um servidor da Prefeitura da cidade.
E mesmo com Hospital Municipal de Macaé com 70% dos leitos vazios, os pacientes de cidades estão sendo transferidos para Hospital de Bom Jesus do Itabapoana, que recebe em dias repasses da prefeitura.
Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e outros profissionais que pedem para não serem identificados acham essa atitude da direção do Hospital São Vicente de Paulo uma covardia.
“O Hospital só conta com um único pneumologista que é o Dr Erval. Se ele adoecer atendendo os de fora, quem vai atender os Bonjesuenses quando precisar dele?”, desabafa Técnica de Enfermagem.