Marcelo da Silva, da Nova Holanda, está arrecadando dinheiro para fazer o transplante de medula óssea
Ter um tratamento digno é um direito de todo cidadão brasileiro, conforme prevê a Constituição Federal de 1988. Mas, infelizmente, na maioria das vezes isso não acontece na prática. Não é de hoje que o jornal O DEBATE vem mostrando o drama de vários pacientes oncológicos em Macaé, que sofrem com o descaso do poder público. Um exemplo disso é o caso de Marcelo da Silva, de 28 anos, morador da Nova Holanda.
Lutando pela vida, ele corre contra o tempo e as dificuldades financeiras para conseguir o recurso necessário para realizar o transplante de medula pela rede privada de saúde. Após conseguir um doador, o paciente criou uma campanha na internet para arrecadar o dinheiro necessário para realizar o procedimento.
Através de uma vaquinha, ele conseguiu o valor necessário para fazer a cirurgia, contudo, o que parecia ser o fim dos seus problemas apenas era o começo. Ele conta que essa semana, quando iria ser internado, foi informado de que os gastos seriam ainda maiores do que imaginava.
Até então, Marcelo precisaria de R$ 8 mil para fazer o transplante, só que o hospital não havia informado que os custos com a internação não estavam inclusos no valor. “Com muita luta e a ajuda das pessoas consegui o dinheiro para o transplante. Quando foi na segunda-feira (15), a funcionária do hospital me ligou porque eles esqueceram de me informar que a estadia não estava inclusa. Moral da história, o custo disso será de R$ 5 mil. Eu não tenho esse dinheiro, nem minha família para me ajudar. Se não conseguir a tempo, nem que seja 20% do valor para dar de entrada lá, terei que voltar para Macaé e remarcar o procedimento. Eu preciso da colaboração das pessoas para conseguir acabar com esse sofrimento”, conta o paciente.
E o que ele mais temia foi confirmado. Na manhã desta quarta (17), Marcelo teve que voltar para casa sem realizar o procedimento. “Agora vou ter que esperar até conseguir o dinheiro para remarcar a cirurgia”, lamenta.
E o tempo é hoje o seu maior inimigo. Há um ano ele descobriu que estava com leucemia. Depois disso, ele soube que a doença já havia se alastrado por outras partes do seu corpo, como pulmão, pâncreas e garganta.
“Eu tentei fazer o transplante pela rede pública, mas não consegui porque não teria como esperar. O médico me disse que eu teria apenas de sete meses a um ano de vida se eu não conseguisse fazer esse transplante a tempo”, conta.
A luta para fazer o tratamento se torna ainda mais dolorosa por conta da falta de suporte e amparo do governo municipal. “Tentei inúmeras vezes fazer o meu tratamento aqui na cidade, mas não consegui. Nunca tem médico especialista disponível e o atendimento é horrível. Tenho que ir ao Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes. A prefeitura aqui nem cede o transporte. Vou por conta própria e, às vezes, a viagem de ônibus é muito sofrida. Fui no Ministério Público e nada”, relata.
Para quem puder ajudar o Marcelo, qualquer valor doado poderá fazer a diferença e ajudar a salvar sua vida. Para isso, basta entrar em contato com Moisés pelo telefone: (22) 99899-2335.