A dança das cadeiras nos partidos que hoje tentam garantir a manutenção do poder, sobre governos e parlamentos estaduais e federal, é um processo comum para os agentes políticos que tentam garantir a reeleição, em um dos pleitos mais difíceis da história do Rio de Janeiro e do Brasil.
Hoje, o candidato a governador do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é a figura mais emblemática do processo eleitoral deste ano. Ex-personalidade do PMDB, partido que tentou se reformular ao retirar a primeira letra da sigla, o ex-prefeito do Rio de Janeiro tenta se distanciar, cada vez mais, de personagens da antiga legenda, que hoje configuram as páginas policiais dos principais jornais do país.
Ao tentar ganhar espaço dentro do eleitorado nos municípios do interior, o “menino do Rio”, migra para as cidades do Norte e Noroeste Fluminense, com a vontade de ficar mais distante do passado em que Picciani e Cabral ainda eram os “manda-chuvas”, de um sistema político e administrativo que se tornou prato-cheio para as investidas da Operação Lava Jato.
No mesmo caminho, segue o antigo artilheiro e senador-surpresa Romário. Ex-PSB, partido que o projetou a um cenário de grandeza dentro do processo político nacional, o jogador, que não atua mais nos campos, fundou o PODEMOS, que como diz a própria sigla, tenta agora alcançar um novo patamar em sua trajetória, manchada por denúncias peculiares ao seu jeito de ser pessoal.
Devido a fama e ao histórico político, Anthony Garotinho foi abandonado pelo PR, e mesmo assim tenta vencer a mídia carioca, para conquistar a chance de disputar as urnas neste ano. E não menor que os demais adversários, Garotinho ganha fama ao se declarar perseguido pela justiça.
Orgânicos, esses três candidatos ao governo não são eficientes na fidelidade partidária, mas assumem o risco de possuir passados obscuros, que não irão atrapalhar a vontade política e o desejo pessoal de se apresentarem para o eleitorado fluminense, como a solução para o frangalho em que o cofre do Estado se encontra.
Não temendo a onda de denuncismo e de ataques, que vai ditar o ritmo das eleições deste ano, esses são os três nomes que certamente irão polarizar a batalha pelo governo estadual. Querendo ou não, o eleitor vai precisar extrair desses nomes pontos positivos, para ter motivação de ir às urnas no próximo dia 7 de outubro.