O que de fato marca o posicionamento político de um agente público em relação as expectativas do seu eleitorado, e a manutenção da independência institucional entre os poderes?
Apesar de ainda não haver tempo nem de Jair Bolsonaro (PSL) esquentar a cadeira de presidente da República, a vigilância contínua e muitas vezes turva das redes sociais já traça análises e críticas sobre decisões que, certamente, nunca seguirão as regras do discurso eleitoral.
Ser contra tudo e contra todos, não é o melhor caminho para quem votou ou apoiou as outras vertentes políticas que disputaram a sucessão do governo do PT, mesmo que o impeachment tenha garantido dois anos de libertação prévia de uma semi-ditadura populista.
Até mesmo para aqueles que simpatizavam com o perfil dos governos Lula/Dilma, em que a influência direta do Estado sobre o cotidiano da sociedade garantia, mesmo que momentânea, uma sensação superficial de desenvolvimento e de prosperidade.
Em apenas três dias de governo, não há como traçar paralelos sobre o perfil dos ex-gestores da Nação, contra o atual presidente da República que por si só já possui o seu grande desafio: manter a popularidade garantida nas urnas.
Torcer contra não garante posicionamento político, mas sim a criação de uma nuvem pessimista que não contribui, em nada, com a evolução política, ética e moral que se espera do Brasil daqui pra frente.
É claro que o contraditório sempre será a sombra da democracia. E isso precisa prevalecer, seja no Congresso Nacional, seja dentro da própria esfera administrativa da nação. Por conta disso, o perfil autoritário, inflexível, bélico e de perseguição servirá, ao governo, apenas para combater a corrupção e a criminalidade. Manter este posicionamento no enfrentamento à oposição será um grande equívoco estratégico.
Por agora, qualquer cidadão que deseja deixar a pressão da crise, a instabilidade econômica e recuperar a alegria do país, precisa compreender que é preciso deixar o novo presidente trabalhar, seja para acertar, ou até mesmo para errar.