Forças de segurança em Rio das Ostras realizaram uma grande operação contra bandidos que integravam uma facção criminosa
A operação denominada ‘Toy’ foi concentrada nas primeiras horas da madrugada desta quarta-feira (20), por volta das 4 horas, no bairro Nova Cidade, em Rio das Ostras, área que segundo a Polícia Civil era dominada por uma facção criminosa. Na mira dos agentes a estrutura da facção era formada por dono da ‘boca’, gerente geral, vapor – responsável pela venda-, e as tias do tráfico, que são mulheres acima de qualquer suspeita para auxiliar no trabalho como olheiras e até realizando depósitos bancários.
Segundo a Polícia Civil, foram presos também os fiéis – que são os responsáveis por guardar armas e drogas e os abastecedores de entorpecentes. Ao todo foram expedidos 38 mandados de prisão e também de busca e apreensão.
A operação já é considerada pela Polícia Civil como a maior já realizada na cidade. O foco eram pessoas envolvidas em diferentes níveis de associação para o tráfico, mas que não tinham antecedentes criminais. A facção criminosa atuava em Rio das Ostras e em cidades vizinhas como Casimiro de Abreu, Macaé e Cabo Frio, na Região dos Lagos.
O que mais impressionou o delegado adjunto de Rio das Ostras, Dr, Carmelo Sant’Lúcia, foi o grande número de mulheres envolvidas na ação criminosa. “O resultado da operação foi satisfatório, onde líderes do tráfico de drogas foram presos, conseguindo assim desmantelar essa quadrilha que atuava na cidade”, explicou Carmelo.
A operação em conjunto com o Ministério Público, Polícia Militar reuniu as forças de segurança. A investigação é realizada desde o ano de 2017 e os agentes utilizaram ferramentas tecnológicas em investigação policial para chegar até os suspeitos.
As denúncias anônimas e dados referentes a tráficos de drogas, homicídios e confrontos dos últimos dois anos foram cruzados. A conclusão do trabalho resultou na operação e na prisão dos criminosos. Foram cumpridos também mandados de apreensão no presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes. No local foram apreendidos 18 aparelhos de celular, 12 carregadores, 12 chips, duas baterias de celular, 201 sacolés de cocaína e outros 20 de maconha.
A penitenciária Jonas de Carvalho, no Complexo de Bangu, também foi alvo de investigação. Foram apreendidos 4 aparelhos de celular, 4 carregadores e anotações para o tráfico.
A Operação Toy foi denominada em alusão a um traficante da facção ‘TCP’ que respondia pelo codinome de brinquedo. A ação é um desdobramento de uma investigação em que o traficante era o foco. Ele está preso, e contra ele também havia um mandado de prisão, que foi cumprido no presídio.