As investigações apontam para crimes cometidos entre 2017 e 2020, envolvendo desvios em contratos públicos e pagamentos ilícitos a agentes do Estado.
Na manhã desta quarta-feira (20), a Polícia Federal realizou uma operação para investigar irregularidades nos contratos de assistência social do governo do Rio de Janeiro, realizando mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estavam Vinícius Rocha, irmão de criação do governador Cláudio Castro (PL-RJ), Allan Borges Nogueira, da Cedae, e Astrid de Souza Brasil Nunes, da Secretaria de Estado de Governo.
O governador, embora não fosse alvo direto das buscas de hoje, é investigado pela PF desde 2019 sob suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, que, segundo a PF, incluiu fraude em licitações, desvios de verbas e pagamentos de propina.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a um pedido da Polícia Federal, autorizou a quebra do sigilo bancário, fiscal e telemático do governador Castro. A decisão é um marco importante na Operação Sétimo Mandamento, que busca desvendar a rede de corrupção infiltrada no setor de assistência social do governo fluminense. As investigações apontam para crimes cometidos entre 2017 e 2020, envolvendo desvios em contratos públicos e pagamentos ilícitos a agentes do Estado.
Enfrentando acusações graves, a defesa de Cláudio Castro rebate as alegações. Em nota, afirmou que a investigação não possui provas concretas contra o governador, descrevendo-a como baseada em uma “delação criminosa” de um réu confesso, que vem sendo contestada judicialmente. A defesa também ressaltou que a operação realizada nesta quarta-feira não adiciona novos elementos ao caso, que segue em andamento desde 2019.