Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, voltará para a cadeia após ter sua prisão decretada nesta quinta-feira (18) pela Justiça Federal de Curitiba. Ele foi condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato e deverá cumprir 98 anos, 11 meses e 25 dias em regime fechado.

A condenação de Duque é confirmada em um momento em que muitos envolvidos na Lava Jato tiveram suas penas anuladas pelo STF, incluindo o ex-presidente Lula. A investigação revelou que Duque recebeu cerca de 2 milhões de dólares em propina para facilitar um contrato da Petrobras para a instalação de um gasoduto submarino. A propina foi paga em imóveis e obras de arte, que foram apreendidas pela Polícia Federal.

Desde 2015, Duque acumula várias sentenças por crimes relacionados a corrupção e lavagem de dinheiro, com penas que variam de 2 anos e 8 meses a 20 anos e 8 meses. No total, ele já recebeu quase uma dúzia de condenações.

Apesar da onda de “descondenações” que beneficiou muitos acusados da Lava Jato, Renato Duque permanece como um dos últimos remanescentes da operação a enfrentar a Justiça. Sua nova prisão reforça a gravidade dos crimes cometidos e a persistência do combate à corrupção.