Observadores internacionais declararam que Edmundo González, candidato da oposição na Venezuela, venceu as eleições contra Nicolás Maduro com mais de 60% dos votos. A chefe da missão do Centro Carter, Jennie Lincoln, confirmou na quinta-feira (8) que o observatório eleitoral internacional considera a vitória de González legítima e que “não há provas” de um ciberataque nas urnas eletrônicas, justificativa usada pelo regime chavista para o atraso na publicação dos resultados.O Centro Carter, convidado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, controlado pelo chavismo, para monitorar as eleições, relatou que o órgão eleitoral não publicou resultados detalhados, alegando um ataque hacker. Maduro, reeleito para um terceiro mandato, denunciou um “golpe de Estado ciberfascista”.Lincoln explicou que empresas que monitoram a rede garantem que não houve negação de serviço (hack) naquela noite. A transmissão dos dados de votação é feita por linha telefônica e telefone via satélite, não por computador, evitando a perda de dados.A chefe da missão destacou que o presidente da CNE, Elvis Amoroso, prometeu publicar os resultados tabela a tabela no site do órgão e entregar um CD com os dados aos partidos políticos, mas essa promessa não foi cumprida. A análise do Centro Carter e outras organizações confirma a vitória de González com mais de 60% dos votos, número similar ao divulgado pela oposição, que alega ter 67% dos votos, enquanto o CNE atribui 52% a Maduro e 43% a González.Após a saída da Venezuela, o Centro Carter avaliou que a eleição não estava em conformidade com os padrões internacionais de integridade eleitoral e não pode ser considerada democrática. A legitimidade do pleito foi questionada por vários países, incluindo Estados Unidos, União Europeia, Colômbia, Brasil e México, que sugeriram uma verificação imparcial dos resultados.Com informações de Veja.
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