Com custo estimado em R$ 77,4 milhões, sem previsão de aditivos, demora para conclusão pode elevar valores para mais de R$ 100 milhões
Após a fixação de uma placa às margens da Rodovia Macaé-Glicério, durante o período eleitoral de 2016, anunciando a realização da obra da Rodovia Santa Teresa, tão esperada, que poderá tirar do Centro da cidade o tráfego pesado de carretas e caminhões. A nova estrada vai completar o anel viário, através da rodovia Transportuária, de acesso ao Terminal Portuário de Macaé, que deverá ser iniciada no início do ano. A forte movimentação de homens e máquinas fazendo terraplenagem, nos últimos dias, mostra que o projeto está saindo do papel para se tornar realidade. Até a placa que indica as informações do custo, prazo e empresa responsável, mudou de lado e agora é vista em local descampado e virada para quem chega na cidade pela rodovia Macaé-Glicério, revelando uma grande extensão da área descampada que vai dando lugar a um novo retrato na região.
O projeto, idealizado antes da posse de Dr. Aluizio Santos Junior, em 2013, era tido como importante e prioritário. Mas a possível crise no cenário econômico, acabou adiando sua realização, também pela dependência de licenciamento ambiental. De acordo com o Quadro de Detalhamento de Despesas, previsto pela Lei Orçamentária Anual (LOA), de 2016, quando houve a reeleição, a verba chegou a ser destinada na ocasião para a Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo em investimentos para a pavimentação do traçado da rodovia que vai ligar a RJ-168 (estrada Macaé-Glicério), à RJ-106, pela Transportuária onde será construído o Terminal Marítimo, e à estrada Norte-Sul, na região do Parque de Tubos. O aporte que seria feito pelo governo estadual, que em troca receberia as composições do VLT, acabou inviabilizado com a crise.
A obra para terraplenagem, construção de duas pistas duplas e acostamento, drenagem, pontes e acessos, além da recuperação de passivo ambiental em área degradada da estrada, tem o custo previsto, após análise do Tribunal de Contas, de R$ 77,453 milhões, e o projeto será executado pela MJRE Construtora Ltda. Mas com os termos aditivos com o tempo de, pelo menos quatro anos, este valor poderá ultrapassar R$ 100 milhões.
Prevista para conclusão em dois anos a partir de agora, o atual secretário-adjunto de Obras, Saulo Ramos, está otimista e acredita que, nesse período, a nova estrada de Santa Teresa se tornará a principal rota para o acesso das carretas e caminhões que transportam material, vindos dos portos de Niterói e do Rio de Janeiro, em direção à principal base logística da Petrobras, o Parque de Tubos, em Imboassica e, no futuro, a ligação com a Transportuária, de acesso ao Terminal Marítimo de Macaé, cujas obras devem ser iniciadas em janeiro de 2019.