Emprego, saúde, educação e segurança. Não necessariamente nesta ordem, a escala de déficits acumulados por governos corruptos, atrasados e incoerentes com os desejos depositados nas urnas, representa de forma fiel o retrato da insatisfação e da indignação do eleitorado brasileiro, que tenciona uma verdadeira reforma política ainda difícil de ser concretizada.
Seguindo um mesmo enredo viciado, o processo eleitoral deste ano, por enquanto, só aumenta o grau de rejeição do eleitorado nacional, que não considera nenhum dos candidatos que se apresenta na disputa presidencial, como uma força capaz de mudar os rumos da nação.
No momento em que a campanha se concentra no grau de alcance das polêmicas criadas por cada um dos novos personagens da estranha política brasileira, o povo que sente na pele os efeitos da recessão, da falta de planejamento econômico e de esperanças para um futuro de prosperidade, se afasta cada vez mais do objetivo de fazer valer a democracia, utilizando o voto como uma forma eficaz de protesto, mais eficiente que os protestos que varreram as ruas há cinco anos, e que forçaram também o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2017, hoje candidata ao senado pelo Estado de Minas Gerais.
Se é difícil para os candidatos ouvir os anseios das ruas, é mais complicado ainda tentar adequar as suas ideologias e desejos políticos, a ações coerentes capazes de devolver ao Brasil chances de prosperar.
Riquezas e caminhos não faltam para transformar a nação grande de novo. Hoje, o petróleo já retoma o caminho de crescimento, encontrando novos patamares de prosperidade dentro do cenário internacional.
No campo, o Brasil mantém a sua produção de qualidade, dentro dos benefícios que apenas a terra é capaz de renovar e de manter. Na pecuária, a produção de carne abastece mesas de diversas famílias no mundo.
Mesmo a política ainda não encontrando o verdadeiro caminho da democracia, o povo brasileiro ainda quer e acredita nas transformações fundamentais à retomada do desenvolvimento, que tirou milhares de pessoas da pobreza, que formou milhões de jovens e que construiu uma economia forte.
Apesar disso não ser o foco dos candidatos, o povo precisa mudar os rumos do processo eleitoral deste ano, cobrando dos candidatos posturas mais coerentes. Antes que seja tarde demais, mais uma vez.