Senador Joirge Seif argumentou que, embora as cotas tenham surgido como uma tentativa de corrigir desigualdades históricas, há preocupação de que essas políticas inferiorizem as minorias.
Em pronunciamento nesta quinta-feira (14), o senador Jorge Seif (PL-SC) chamou a atenção para as cotas raciais, defendendo a meritocracia como princípio fundamental. O parlamentar destacou a importância do esforço individual e do mérito para garantir oportunidades justas. Ele questionou a validade das políticas de cotas baseadas em critérios raciais e de gênero.
— A meritocracia, para quem não está acostumado com a ideia, propõe que o acesso às posições, às oportunidades, aos recursos tem que ser baseado em mérito individual, o que inclui dedicação, estudo, esforço pessoal, talento, perseverança, resiliência. E para que a meritocracia funcione de forma justa é imprescindível que todos tenham acesso às mesmas oportunidades, só que isso não é a realidade no nosso país, especialmente quando se trata de ensino público — disse.
Seif argumentou que, embora as cotas tenham surgido como uma tentativa de corrigir desigualdades históricas, há preocupação de que essas políticas inferiorizem as minorias. Ele defendeu as cotas sociais como uma alternativa mais justa, e enfatizou que a necessidade econômica e social deve ser o principal critério para a concessão de oportunidades, independentemente da cor da pele:
— Não existe branco pobre, não? Se nós formos a uma comunidade carente no Rio, favelas, palafitas, trapiches, em todo o Brasil não tem branco pobre, não? Ou só tem pretos pobres? Então, cota social é o seguinte: independentemente da cor da pele, se a pessoa não teve tantas oportunidades, faz parte de uma faixa etária, se a família não chega a ter aquele mínimo de renda, ele tem que ter acesso sim.
Além disso, o parlamentar criticou a proposta de cotas trans, argumentando que critérios subjetivos, como identidade de gênero, não devem ser usados para determinar acesso a cargos e oportunidades. Ele ressaltou que todos devem ser tratados igualmente perante a lei, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Por portal Novo Norte