A vida humana tem um nivelamento explicito. A dor e o sofrimento se estendem a todo ser humano no decorrer da existência. A maneira de absorver esta realidade adversa é que o distingue. O matuto, em mar agitado, mantém a paciência de um discípulo de Buda, enquanto o homem polido amplia a cratera para poder penetrar mais profundamente no abismo.
A condição humana é um retrato preto no branco para todos. Não existem privilegiados na condução da existência. Por mais sutil e ágil que seja o individuo, o sofrimento é inevitável no decorrer da existência. O que não acredito é em nivelamento econômico. A riqueza se produz na verticalidade e na diversidade, na homogeneidade congelamos a criação de riquezas.
Ideias socializantes é uma ficção teórica. Para produzir riqueza são fundamentais: liderança e hierarquia só existente no sistema capitalista. No tão sonhado nivelamento de talentos do socialismo cria-se um caos produtivo e neutraliza o crescimento individual humano. Por isto, o natural é provocar a individualidade e não criar controle social robusto, neutralizando as potencialidades singulares.
O desnível humano não impede a todos sofrer. Os baques da vida são inevitáveis a todos. Isto é inerente à alma humana. Tanto o homem rústico como o polido sofrem a reação ao sofrimento que são diferenciados. Na essência somos todos iguais, porém na superficialidade e no supérfluo somos diferenciados.
Com a igualdade humana, os sofrimentos são inevitáveis para todos. Desta forma, devemos aprender com o homem rústico como levar o barco na tempestade. Mas a igualdade da condição humana não traz, necessariamente, igualdade econômica.
O mundo exige cada vez mais produção de riqueza, e isto tem sua gestação na verticalidade de classes e no aprimoramento individual isolado.
Se for natural à vida humana ter na sua essência nivelamento substancial no secundário como no desnivelamento econômico a verticalidade elevam as bases e criam riquezas, ao caso que a homogeneidade proveniente do socialismo neutraliza os talentos individuais, tornando inativos.
Devemos finalmente aprender com o homem tosco como conduzir com soberba e eficiência o barco em alto mar em plena tempestade.
* Juarez Alvarenga – Advogado e Escritor