Era um simples trabalhador. Foi assassinado no Rio.
Alguém sabe o nome do funcionário do Village Mall que foi assassinado há pouco por assaltantes?
Sua idade? Quantos filhos tinha? Seus interesses, planos, sonhos?
Ninguém sabe, claro. Ele não foi morto na Amazônia e não era ligado a ONGs.
Era um simples trabalhador. Foi assassinado no Rio.
O mesmo Rio onde as operações policiais nas favelas estão suspensas desde 2020, por ordem judicial do STF Ministro Fachin.
Por isso, o velório do trabalhador não será exibido no horário nobre da TV.
Nenhum comitê será formado para acompanhar as investigações sobre sua morte. Ninguém vai entoar um canto fúnebre em sua homenagem, em frente à ONU.
No Brasil todas as vidas importam, menos a vida do homem comum.
Esse homem agoniza, sozinho, no estacionamento de um shopping. Agonizam junto com ele a liberdade, a democracia, e a fantasia do “estado democrático de direito“.
Por Pablo Carvalho/ Portal Novo Norte