O que estamos testemunhando no Brasil é a repetição do mesmo modelo econômico que levou ao colapso no governo Dilma.
Há alguns anos, em meados da década passada, o Brasil testemunhou um colapso econômico que foi promovido pelo desastroso governo de Dilma Rousseff. Nesse período, o governo aumentou os gastos públicos e elevou o endividamento do país a níveis alarmantes. O resultado foi uma onda inflacionária que se somou à maior crise econômica em termos de PIB da história do Brasil em tempos de paz. Em um período em que o mundo estava indo relativamente bem, o Brasil registrou uma queda de quase 10% no PIB em apenas dois anos, algo que não aconteceu nem mesmo durante a Grande Depressão de 1929 ou durante as Guerras Mundiais.
Agora, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, há sinais de que o Brasil está trilhando o mesmo caminho. Os dados das contas públicas de julho são alarmantes, com um déficit de R$ 36 bilhões apenas no mês de julho e um acumulado de R$ 78 bilhões no ano de 2023. Para efeito de comparação, em 2022, último ano do mandato de Jair Bolsonaro, o governo registrou um superávit antes do pagamento de juros de R$ 77 bilhões, mesmo em um ano eleitoral, quando os gastos tendem a aumentar.
O que estamos testemunhando no Brasil é a repetição do mesmo modelo econômico que levou ao colapso anterior. As receitas do governo central diminuíram em termos reais, sugerindo uma desaceleração econômica em curso. Por outro lado, as despesas aumentaram significativamente, enquanto os cortes no funcionalismo público se tornaram cada vez mais raros.
O governo, desesperadamente em busca de receita, já aumentou os impostos, inclusive de maneira questionável, com a criação de impostos sobre fundos exclusivos para os super-ricos e a intenção de tributar offshores e aumentar outros impostos, além de retirar incentivos fiscais das empresas. O governo busca arrecadar mais R$ 168 bilhões no próximo ano para fechar as contas.
O problema dessa abordagem esquerdista vai além da imoralidade de aumentar impostos em um país já sobrecarregado por altos impostos e com serviços públicos de qualidade duvidosa. Aumentar impostos retira dinheiro da economia, funcionando como uma política monetária restritiva, o que, por sua vez, diminui a atividade econômica.
Diante desse cenário, é fácil prever qual será o próximo passo do governo. Quando as coisas apertarem ainda mais, a tentação de taxar mais e controlar o fluxo de capitais aumentará, assim como acontece na Argentina. Isso pode levar ao fechamento da porta para investimentos no exterior, o que terá um impacto devastador em nossa economia.
A única saída é uma improvável mudança radical na política econômica de Lula-Haddad. É fundamental que os investidores considerem a diversificação internacional de seus investimentos como uma forma de proteção contra uma possível piora da situação econômica caso nada mude. Devemos aprender com os erros do passado e agir de forma preventiva para proteger nossos ativos e nosso futuro econômico. Afinal, como já vimos antes, o Brasil não pode se dar ao luxo de repetir os erros do passado e cair novamente no abismo econômico.