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NUPEM/UFRJ recebe extrator automatizado e amplia testes para COVID-19 em Macaé

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O diretor do NUPEM/UFRJ, Rodrigo Nunes da Fonseca, e a equipe de trabalho estão entusiasmados com a novidade - Divulgação

O Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade – NUPEM da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu um extrator automatizado de material genético (King Fisher da empresa – Thermo Fisher) capaz de aumentar a velocidade e a reprodutibilidade das análises de amostras para diagnóstico da Covid-19. Com o equipamento, o Laboratório do NUPEM/UFRJ pode alcançar o número entre 300 e 400 amostras analisadas/dia.

O extrator é responsável por uma das etapas do processo de identificação do material genético do vírus SARS CoV-2 contido nas amostras de secreções naso/faringe de casos suspeitos. “Atualmente esse processo é realizado manualmente e com a chegada do extrator o processo pode ser realizado de forma mais rápida e mais precisa”, informou Rodrigo Nunes da Fonseca, diretor do NUPEM/UFRJ.
O NUPEM/UFRJ já realizou mais de 6000 testes para detecção do novo coronavírus no município de Macaé através de parceria pública-privada e com membros da sociedade civil. E caso sejam obtidos novos recursos de doações para os testes (reagentes) no contexto do Projeto Apoio ao NUPEM UFRJ-Macaé, Laboratório de Campanha para Testagem e Pesquisa do COVID-19 (LCC-UFRJ-Macaé) é possível dobrar os testes e atingir a marca dos 300 testes/ dia.

O equipamento foi obtido a partir de destinação do Ministério Público do Trabalho em Cabo Frio nos autos do Inquérito Civil nº 000447.2017.01.005/7, no valor de R$ 305.843,35, decorrente de indenização paga por empresa a título de danos morais coletivos por descumprimento de normas trabalhistas. Segundo a Procuradora do Trabalho Dra. Cirlene Zimmermann, “o NUPEM/UFRJ tem feito um trabalho primoroso e memorável em Macaé com a testagem e as pesquisas de Covid-19. A pandemia confirmou o potencial científico da região e o Ministério Público do Trabalho acertadamente apoiou esse projeto em prol de toda sociedade”.
O diagnóstico precoce e em massa da COVID-19 faz parte da estratégia para o controle da pandemia, seguido pelo tratamento, isolamento dos indivíduos infectados e seus contatos.

Após a pandemia, o equipamento ficará à disposição do Instituto NUPEM/UFRJ e poderá ser utilizado em pesquisas e diagnósticos de outras viroses: “Esse será o legado da pandemia para a ciência”, segundo o Diretor do NUPEM.

Extrator King Fisher
O equipamento é utilizado para extração de ácidos nucleicos de células. No caso do COVID-19, o aparelho é utilizado para extrair RNA tanto das células humanas como dos vírus a partir de swabs nasofaringeos. Tendo em vista a alta reprodutibilidade e pureza do material obtido, o RNA do vírus pode ser utilizado para técnicas mais refinadas de interesse epidemiológico e molecular, como o sequenciamento dos genomas dos vírus circulantes em Macaé e região.

Reação em cadeia da polimerase (PCR)

O RNA obtido pelo extrator automatizado é utlizado numa segunda etapa do diagnóstico molecular, a amplificação de sequências do coronavírus utilizando a técnica da reação da polimerase em cadeia (PCR). Nessa etapa realizada pela equipe especializada e em equipamento específico do NUPEM são finalizados os testes de identificação do vírus. Os laudos são emitidos em até 48 horas pós-coleta.

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