Países como Estados Unidos, China, Rússia e nações menores têm buscado desenvolver armas hipersônicas, que viajam a velocidades superiores a cinco vezes a velocidade do som
A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira, 15, que realizou testes com um novo míssil hipersônico movido a combustível sólido de alcance intermediário. A ação ocorre em meio a uma corrida acelerada em busca da próxima geração de foguetes de longo alcance, cuja detecção e interceptação tornam-se cada vez mais desafiadoras.
Países como Estados Unidos, China, Rússia e nações menores têm buscado desenvolver armas hipersônicas, que viajam a velocidades superiores a cinco vezes a velocidade do som, muitas vezes manobrando em altitudes relativamente baixas. O atrativo dessas armas está na sua capacidade de manobra, proporcionando uma clara vantagem estratégica.
A Coreia do Norte priorizou a confiabilidade de seus novos motores de múltiplas fases movidos a combustível sólido nos últimos testes realizados. Além disso, testou o desempenho da ogiva controlada manobrável hipersônica de alcance intermediário. A combinação desses veículos-guiados com mísseis capazes de lançá-los parcialmente em órbita pode retirar dos adversários o tempo de reação e os tradicionais mecanismos de defesa.
O líder norte-coreano Kim Jong Un sinalizou o desenvolvimento de armas hipersônicas como uma das principais tarefas no reforço do poderio militar do país. A novidade do último lançamento é o uso de combustível sólido, o que permite um lançamento mais rápido e com menos preparação, tornando ainda mais desafiadoras as estratégias de interceptação. Os avanços nessa corrida armamentista global aumentam os riscos globais, pois essas armas podem driblar escudos de defesa e sistemas de alerta antecipado, tornando-se uma séria preocupação para os oponentes ao redor do mundo.