Confronto ocorreu na noite de quinta-feira (12) assustando moradores da localidade
A comunidade Nova Holanda, em Macaé, que viveu dias de pânico no mês passado devido confrontos entre traficantes e policiais militares, que resultou na morte de dois criminosos, a tensão voltou se repetir na noite de última quinta-feira (12). Os disparos de armas de fogo puderam ser escutados por pedestres e motoristas que passavam pela Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), entre os bairro da Barra e Fronteira. Mais de 30 policiais fecharam o cerco na entrada e saída da comunidade com objetivo de coibir fuga de traficantes pela Linha Azul.
O confronto durou quase um hora e ninguém ficou ferido. Na manhã desta sexta-feira (13), moradores que não quiseram se identificar, relataram intenso tiroteio na principal via da comunidade, que atualmente mais de 20 mil famílias residem na localidade. Comerciantes tiveram que fechar as portas dos estabelecimentos, assim como os moradores, ficaram escondidos dentro de casa. Os policiais que trabalham no contêiner da PM dentro da comunidade, tiveram que ficar sentados no chão esperando o reforço chegar.
Ainda na manhã de sexta-feira (13), várias viaturas fizeram blitz nas comunidades da Nova Holanda e Lagomar, com objetivo de capturar criminosos que atuam na região.
A Polícia Militar acredita que o confronto foi ocasionado após a prisão de 11 bandidos da facção criminosa A.D.A. (Amigo Dos Amigos), na última terça-feira, no Morro do Carvão, no bairro Alto dos Cajueiros, em Macaé. Segundo a PM, bandidos planejavam invadir a comunidade com objetivo de tomar o ponto de venda de drogas do Comando Vermelho (C.V.).
As comunidades Malvinas e Nova Holanda são consideradas áreas dominadas pelo tráfico do A.D.A. e constantemente confrontos são registrados diariamente. Os moradores vivem pressionados pelo medo.
Somente no primeiro semestre deste ano, 10 criminosos foram assassinados na Nova Holanda, durante confronto com a polícia, e mais de 30 já foram presos por tráfico de drogas. Desde então, a comunidade vive uma rotina de tiroteios e foi inclusive instalada um contêiner semelhante da UPP da capital , no ano de 2012, porém uma tentativa fracassada de acabar com os confrontos.
Contudo, as trocas de tiros da noite de última quinta-feira (12), mostram que a ‘guerra’ pelo comando das comunidades continuam.