Embarcação está no entorno do arquipélago de Sant’Ana, em Macaé, e percorre costas litorâneas de cidades vizinhas, como região dos lagos
O monitoramento no entorno do arquipélago de Sant’ Anna, além de percorrer todas as praias do interior do Norte Fluminense, foi intensificado com cerco de navio Patrulha da Marinha do Brasil, com objetivo de identificar novos vestígios de fragmentos de óleo, que apareceu nó último domingo (24), nas praias de São João da Barra, Quissamã e Macaé. Todas as áreas marítimas da região norte fluminense e região dos lagos passou a receber atenção especial, com o objetivo de ampliar a visualização de manchas óleo e realizar o seu recolhimento, caso detectadas.
Em função disso, foi informado que o monitoramento foi ampliado na região com a frota de navios da Marinha. Também estão sendo mobilizados barcos pesqueiros, bem como todas as embarcações em trânsito na região, que serão orientadas pelo canal de rádio dos navios da Marinha.
A Marinha recolheu óleo para análise em mais três praias do litoral fluminense. A suspeita é que a poluição seja a mesma que atingiu as praias do nordeste e causou um dos maiores desastres ambientais do país. Resíduo de petróleo foi encontrado nas praias de Santa Clara e Guriri, em São Francisco de Itabapoana; na praia do Barreto, em Macaé; e na praia das Flechas, em Quissamã. Segundo os técnicos, um litro do produto tóxico foi removido das areias. A Marinha informou que as amostras foram enviadas para especialistas do Inea, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos
As manchas de óleo que atingem o litoral nordestino já afetaram mais de 250 localidades, em nove Estados, desde o seu primeiro avistamento, em 30 de agosto deste ano.
Até o momento, a Marinha informou que nenhuma mancha de óleo foi observada nas águas do estado.
Treinamento contra óleo no mar
Diante da possibilidade da chegada da mancha de óleo, as praias do litoral do interior do estado além de serem monitoradas, agentes de órgãos públicos como, Defesa Civil, Guarda Ambiental e secretarias de Ambientes de várias cidades, receberam treinamento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), na manhã de última quinta-feira (28), no Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, no bairro Lagomar, em Macaé.
Durante o encontro foi apresentado como identificar os fragmentos que chegaram as praias. A qualificação abrangeu aulas teóricas e práticas. Os temas abordados foram técnicas de avaliação do cenário emergencial; coordenação de ações para limpeza das praias; e destinação ambiental adequada do resíduo recolhido. O grupo também foi informado sobre os diferentes tipos de cenários, como costões rochosos, praias urbanas e as de difícil acesso, e como proceder em cada um deles, em caso de surgimento de resíduo oleoso.
A segunda etapa da capacitação foi a realização de exercício prático onde os técnicos aprenderam sobre como proceder com a aproximação de mancha de óleo e retirada adequada do produto, bem como sobre a logística para a disposição temporária do resíduo oleoso.
O Inea capacitou cerca de 200 pessoas, entre técnicos do próprio órgão ambiental estadual, de 22 municípios costeiros, da Defesa Civil Estadual e militares do Exército. Além das cidades do Sul Fluminense, também receberam treinamento os municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Maricá, Niterói, Guapimirim, Araruama, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Quissamã, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Macaé, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios e Saquarema. Todos as 25 cidades costeiras foram convidadas para participar do treinamento.
Caso a população encontre alguma mancha suspeita, poderá entrar em contato com a Defesa Civil, por meio do telefone 199 ou da Guarda Ambiental 99701-9770.