Maria das Graças foi detida no fim da manhã de quinta-feira (25), na Rua 9, no bairro Parque Aeroporto
Agentes da Polícia Civil da 123ª DP de Macaé localizaram no fim da manhã desta quinta-feira (25), uma mulher que é suspeita de ter participado dos assassinatos do casal de tatuadores e tentativa de homicídio contra o motorista do carro de aplicativo, na noite do último domingo (21), na Estrada do Imburo, em Macaé. Maria da Graça foi presa por volta das 11h30min, dentro do imóvel onde residia na Rua 9, no bairro Parque Aeroporto.
Na noite da última segunda-feira (22), o marido de Maria das Graças, Adriano Lopes Prata – o autor dos disparos -, foi detido dentro do imóvel, no mesmo endereço onde a esposa também foi detida nesta quinta-feira (25). Com ele foi encontrado um revólver calibre 38, com 19 munições. Ele se encontra na carceragem do presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes.
Na tarde desta quinta-feira (25), a co-autora prestou depoimento na 123ª DP de Macaé e será transferida para o sistema penitenciário. Segundo o delegado titular, Filipe Poeys, Maria das Graças estava no local do crime e teve participação nos delitos. A identificação e localização dos suspeitos foi realizada de forma ágil e precisa pelos agentes GIC Homicídios da 123ª DP, à frente das investigações.
O casal executado – Renan e Luíza -, estava residindo há duas semanas em Macaé, onde veio trabalhar como tatuadores na cidade. Para a Polícia Civil, as vítimas foram atraídas para uma emboscada por Adriano Lopes Prata, que se passou por policial civil para fazer o orçamento de duas tatuagens.
Segundo o Boletim de Ocorrência, os tatuadores foram juntos até a casa dos criminosos, mas somente o Renan realizou o serviço. A Polícia Civil disse, ainda, que o casal realizou duas tatuagens feitas em Adriano ao longo do domingo, um símbolo da Polícia Civil e um gladiador. As duas custariam em torno de R$ 1, 2 mil, segundo o delegado responsável pelo inquérito. Para não pagar pelo trabalho, o acusado matou as vítimas.
Ainda de acordo com o delegado Filipi Poeys, os autores do duplo homicídio foram frios e fizeram questão de agradar as vítimas, horas antes do crime. “A Maria das Graças fez almoço para eles, sabendo do que aconteceria depois, o que demonstra a frieza dos suspeitos”, afirmou Poeys.
Renan morreu no local. Luiza chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Público Municipal (HPM), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Na mesma unidade de saúde está internado o motorista de aplicativo, que perdeu um rim e parte do fígado.