O desemprego gritante no país também exerce pressão sobre uma grande parcela da população brasileira. Jovens com idade entre 16 anos e 24 anos sentem na pele as dificuldades de obter o primeiro emprego indicando que o desemprego está afetando as famílias, atingindo todos os seus integrantes e não apenas os seus chefes.
Devido à baixa escolaridade e à inexperiência e por mais que os governos se esforcem com políticas de primeiro emprego, as oportunidades são tímidas e não atendem a esse enorme contingente. Os jovens quase sempre são os primeiros a sentir os problemas sociais. São os preferidos pelo aliciamento do submundo do crime, são as maiores vítimas da violência, lideram estatísticas de mortes em acidentes do trânsito, são os menos assistidos pela educação e também pelo trabalho.
Uma tarefa difícil para os governantes tem sido a questão da juventude e suas perspectivas de vida, principalmente com a crise econômica do país, fechando inúmeras oportunidades de empregos. Igualmente preocupa a formação educacional e o preparo adequado deste segmento da população para atender a demanda que se prevê com a retomada do crescimento.
Ao longo dos anos, Macaé construiu uma área educacional de relevante importância para o interior do estado, com a vinda de universidades públicas e privadas para cá. A formação técnico-profissional também foi privilegiada com a instalação do novo prédio Sesi/Senai, abrindo para os jovens as portas para o primeiro emprego com perspectivas concretas de trabalho.
Mas a juventude precisa mais. O primeiro emprego é o sonho que evitará os passos perigosos e quase sempre fatais da marginalidade. Não podemos deixar que o futuro se perca por falta de oportunidades de emprego e renda. Não desejamos para os jovens o mercado informal nem a ilegalidade. Devemos, sim, dar-lhes condições de enfrentar os desafios da vida com educação e trabalho.