Procuradoria destacou importância de não confundir evento com “manifestações político-partidárias”
A participação das Forças Armadas durante o 7 de Setembro, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi questionada pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MP-RJ). Por meio de um ofício, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) questionou os militares sobre medidas “para garantir que as celebrações oficiais da Independência não se confundam com manifestações político-partidárias’. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (2), pelo jornal o Globo.
O órgão quer saber as ações que serão tomadas pelo Exército, Marinha do Brasil e Aeronáutica para evitar que os seus subordinados tomem partido em eventuais manifestações do gênero. O documento foi encaminhado ao Comando Militar do Leste, ao Comando do 1º Distrito Naval e ao Terceiro Comando Aéreo Regional. As perguntas devem ser respondidas em até 48 horas.
A cerimônia programada para Avenida Atlântica, na praia de Copacabana, gerou divergências entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que planeja usar as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil para mobilizar eleitores e demonstrar força política.
Paes afirmava que o desfile cívico aconteceria na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, como ocorre tradicionalmente, mas, segundo ele, foi o próprio Comando Militar do Leste que suspendeu o ato. Em contrapartida, as Forças Armadas irão espalhar o evento pela cidade. Desfiles de navios na orla, show aéreo da Esquadrilha da fumaça, salvas de tiros e bandas militares fazem parte da programação.
Por Portal Novo Norte