Ao entrar em casa, muitas pessoas mantêm o hábito de retirar os sapatos antes de circular pelos ambientes internos. Essa prática, comum em diversas culturas, vai além da simples preocupação com a limpeza do lar. Pesquisas recentes apontam que deixar os calçados do lado de fora pode ser uma medida eficaz para proteger a saúde dos moradores, especialmente de crianças e pessoas com imunidade mais baixa.

O contato dos sapatos com ruas, calçadas e espaços públicos faz com que eles acumulem uma grande variedade de agentes indesejados. Entre eles estão microrganismos, resíduos químicos e partículas alergênicas, que podem ser facilmente transferidos para o interior das residências. Por isso, a decisão de não usar sapatos dentro de casa tem ganhado destaque em discussões sobre prevenção de doenças e qualidade do ar doméstico.

Por que os sapatos trazem riscos para dentro de casa?

Os calçados funcionam como verdadeiros veículos de transporte para diferentes tipos de contaminantes. Estudos realizados por universidades internacionais demonstraram que a maioria das solas de sapato analisadas apresentava bactérias potencialmente prejudiciais à saúde humana. Entre os microrganismos mais encontrados estão os coliformes fecais, que podem causar infecções gastrointestinais, e o Staphylococcus aureus, conhecido por sua resistência a antibióticos.

Além dos microrganismos, substâncias químicas como pesticidas, metais pesados e resíduos de combustíveis também podem aderir às solas. Essas toxinas são especialmente preocupantes em lares com crianças pequenas, que costumam brincar no chão e levar objetos à boca. O contato frequente com essas substâncias pode representar riscos para o desenvolvimento neurológico e para o sistema imunológico dos pequenos.