O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reclassificou o procedimento de apuração sobre o vazamento de mensagens envolvendo seus assessores, conhecido como “Vaza Toga”. Inicialmente tratado como inquérito, a investigação agora será conduzida como uma petição, uma classe processual menos específica, utilizada em apurações preliminares.A decisão de Moraes foi cadastrada no último domingo (25) e ocorreu em meio a críticas que o ministro vem enfrentando. O inquérito original, que havia sido aberto em 19 de agosto, foi modificado para esclarecer que, por enquanto, não há alvos específicos, sendo a investigação focada em apurar o fato geral.As mensagens vazadas, divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo em 13 de agosto, sugerem que o ministro teria utilizado informalmente a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF.Após o vazamento, Moraes determinou a instauração do inquérito e ordenou que Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED, prestasse depoimento na Polícia Federal. Tagliaferro, que foi demitido em maio de 2023 após ser preso sob acusação de violência doméstica, aparece como um dos envolvidos nas conversas vazadas.Além de Tagliaferro, as mensagens também citam Airton Vieira, juiz instrutor de Moraes no STF, e Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar na presidência do TSE. A reclassificação da investigação como petição reforça que o procedimento está em fase inicial, sem um direcionamento definido.Com imformação do Pleno News.