Nesta quinta-feira (15), o jornal Estadão se posicionou sobre as recentes revelações feitas pela Folha de S.Paulo, que apontam o uso não oficial da estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a denúncia, essa estrutura teria sido utilizada para elaborar relatórios envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em seu editorial intitulado “A cisma de Moraes é a tragédia da República”, o Estadão criticou duramente o que chamou de “heterodoxia procedimental” nos métodos empregados por Moraes, comparando-os às irregularidades observadas nos inquéritos das fake news e das milícias digitais conduzidos pelo ministro. O jornal destacou a importância de aguardar a divulgação completa das mensagens antes de chegar a conclusões definitivas, mas ressaltou que as evidências já sugerem que Moraes teria pedido ajustes nos relatórios preparados.
O periódico também manifestou preocupação com o que classificou como “voluntarismo” no STF, afirmando que as ações de Moraes expõem um comportamento que tem se tornado comum na Corte em nome da defesa da democracia. O Estadão finalizou sua análise com um apelo direto: “Os inquéritos intermináveis e secretos precisam ser encerrados”, alertando que o Estado Democrático de Direito não pode ser protegido desrespeitando suas próprias regras e ritos.
Com informações de Pleno News.