Estrutura precária da área de lazer, que atende o bairro e o entorno, coloca em risco a segurança dos frequentadores
29 de julho, data de aniversário de Macaé. E é esse o mesmo nome dado à praça situada no bairro Novo Cavaleiros, essa que não tem motivo nenhum para comemorar. Pelo contrário. A única opção de lazer do bairro, que atende também a população do entorno, está em completo estado de abandono. Indignados com a omissão do poder público, alguns moradores procuraram o jornal O DEBATE, mais uma vez, essa semana, para denunciar o problema. O caso chegou a ser retratado em uma reportagem na última semana, por meio de denúncias da Associação de Moradores. Dessa vez, quem reclama do descaso são os próprios frequentadores do local.
O pedido de reforma da praça já vem sendo feito há anos. E não é de hoje que o jornal vem denunciando as condições do espaço. A última visita da nossa equipe de reportagem aconteceu em novembro de 2018 mas, segundo os moradores, nada mudou, pelo contrário, só piorou. Nem mesmo a manutenção básica vem sendo feita. Moradora do bairro, Meire conta que continua levando a filha à praça por falta de opção.
“Sempre trazia ela aqui para brincar no parquinho, mas ultimamente tenho evitado deixar ela entrar na área destinada às crianças devido as péssimas condições. Os brinquedos estão todos quebrados. Alguns foram danificados e roubados. O máximo que tenho feito é vir e dar uma volta com ela porque não tem condições nenhuma de deixá-la brincar mais. Infelizmente”, relata.
O morador da Granja dos Cavaleiros Dirant Ferraz, que já esteve à frente da AMOGRANJA por alguns anos, conta que acompanha essa história desde quando a praça foi inaugurada. “Além de ter brinquedo quebrado, a área está cheia de cachorros de rua. Quando nós chegamos ali na segunda-feira (10) de manhã, encontramos oito deles dormindo no tapete, para se abrigar do frio. Eles não têm culpa de estarem ali, mas conseguiram entrar porque não tem mais portão no local”, destaca, ressaltando que o problema não se restringe apenas ao parquinho.
“O pessoal que joga futebol na quadra tem reclamado direto, porque os alambrados estão arrebentados. Está sem proteção. Qualquer chute a bola vai para rua e bate nos pedestres e nos veículos, podendo causar um acidente”, completa.
Moradores dizem que há cerca de 10 anos nenhuma reforma é feita, apena serviços paliativos. “Quando fazem serviço de manutenção aqui é pintura de meio-fio. Quer dizer, uma área de lazer importante para o bairro e entorno está nessas condições precárias. O prefeito está deixando um legado para Macaé de abandono. Não está legal. Vem o aniversário de novo da cidade e a praça segue largada”, lamenta Dirant.
No final do ano passado, a prefeitura disse que a demanda havia sido encaminhada à secretaria responsável para análise, para que as devidas ações fossem tomadas. Quase sete meses depois, nada foi feito.
A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação na segunda (10) e na terça-feira (11), no entanto, até o encerramento desta edição ela ainda não havia se pronunciado sobre as denúncias levantadas pelos moradores e pelo jornal O DEBATE.