Nesta semana, a Prefeitura de Macaé voltou a oferecer café da manhã e lanche nas escolas municipais como era antes de acatar a Resolução 06 de 2020 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O FNDE alterou alimentos tradicionalmente oferecidos aos alunos, como suco com açúcar, pão e biscoito, substituindo por tubérculos como inhame, aipim e batata doce e suco sem açúcar. No entanto, não houve adesão por grande parte dos alunos.
“Vamos permanecer oferecendo uma segunda e terceira opção para a criança. Então, se ela preferir o inhame, terá. Mas vamos voltar a oferecer também o pão. Teremos a banana, mas também o biscoito”, exemplificou o prefeito Welberth Rezende, ressaltando que é a favor de uma alimentação saudável, mas que mudanças devem ser realizadas de forma gradativa.
Segundo o prefeito, as merendas passaram a ter uma grande perda, devido à não adesão dos alunos. “Mais do que desperdício de dinheiro público, nos preocupamos em deixar nossos alunos alimentados”, pontuou.
A Secretária de Educação, Leandra Lopes, destacou que o município estava seguindo a determinação do FNDE, mas começou a receber questionamentos de pais e das crianças. “Vamos fazer a transição, mas com testes de aceitabilidade, de maneira gradativa, sem ser de forma brusca”, afirmou.
De acordo com a secretária, o maior problema na nova alimentação era o café da manhã e o lanche. O almoço, composto de arroz, feijão, alguma proteína, legumes e saladas, tinha adesão normalmente.
O Procurador Geral, Fabiano Paschoal, explicou que a resolução do FNDE permite que a implementação seja feita aos poucos. “Com isso, a alimentação mais saudável será instituída, mas não de maneira abrupta”, observou.
Por Equipe SECOM/ Pref. de Macaé
Macaé oferece cerca de 60 mil refeições por dia, seguindo o Programa Nacional de Alimentação Escolar do Ministério da Educação. A refeição diária contempla café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar para alunos dos segmentos da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). O cardápio é diferenciado para alunos que apresentam patologias como intolerância à lactose, glúten e diabetes.
