Empresário chegou a convidar os CACs e os caminhoneiros para participar das manifestações em Brasília
A Polícia Federal prendeu, na noite desta terça-feira (6), o empresário Milton Baldin, que participava da manifestação contra o resultado das eleições presidenciais em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília (DF). A ordem de prisão foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em relatório enviado a Moraes, a Polícia Federal acusou o homem de ter instigado “grupos armados para protestarem na capital federal”. O relatório apontou ainda que o empresário seria de Sinop, no Mato Grosso, e que estaria convocando também caminhoneiros para as manifestações. Baldin foi levado para prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília.
– Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília (…). E também queria pedir aos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), que têm armas legais, hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores, venham aqui mostrar presença – disse o empresário em um vídeo divulgado nas redes.
Em outro trecho do vídeo, que foi gravado no último dia 26 de novembro, no qual ele aparece usando um microfone e falando para um grupo de manifestantes de cima de um palco próximo ao quartel, Baldin ainda questionou o que ocorreria após o dia 19 de dezembro – data limite para a diplomação de Lula, que acabou sendo confirmada para uma semana antes, no dia 12 de dezembro.
– Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas. E aí o que vão falar? “Perdeu, mané”. E como nós vamos defender a nossa propriedade e a nossa família? – indagou.
Por Porta Novo Norte