O ano de 2018 vai chegando ao fim e, com ele, está saindo, também, um grande número de políticos tradicionais que se acham profissionais (política não é profissão), e alguns derrotados para o Senado e para a Câmara, conseguiram passar o bastão para filhos ou parentes. Porém, a vontade dos eleitores pela renovação foi grande que tanto o Senado, Câmara dos Deputados, governos estaduais e assembleias legislativas, vão contar com novos personagens e, tomara que não entrem no jogo do toma lá dá cá, jogo de interesses pessoais, que o novo presidente Jair Bolsonaro promete não repetir na sua gestão. E toda essa mudança parece ter sido provocada pela onda antipetista, que mesmo acusando Bolsonaro de utilizar as redes sociais para a campanha, também utilizou o mesmo sistema. O jornalista Pedro Doria, em sua coluna de 18/05/18, registrou que: “Nos últimos dez anos, um naco da esquerda acusou a imprensa de ser de direita. Situações semelhantes ocorrem em boa parte das democracias ocidentais. O motivo é evidente.

Os fatos não interessam. Quanto mais um movimento ou governo é movido a propaganda de enaltecimento próprio, exageros e mitificação, mais a imprensa atrapalha. Imprensa serve, justamente, para atrapalhar essa turma. O conceito é tão velho quanto a democracia. Thomas Jefferson, um dos homens que imaginou o que seria a primeira república, já falava de saída: é melhor imprensa sem governo do que governo sem imprensa. Disse isso antes de ser o terceiro presidente americano, apanhou feito um condenado da imprensa em seu governo, e continuou um defensor ardoroso desta ideia nas quase três décadas que viveu após deixar a Casa Branca”. E mais: “Jefferson defendia que a imprensa era necessária porque só um povo bem informado vota bem.

A mesma informação pode levar, perfeitamente, a soluções distintas. É onde entram ideologias. O Facebook, ao trazer a checagem de fatos para a conta do que será visto ou não, faz um esforço para evitar a manipulação. Saem os memes forçados, os berros em vídeo e os lacradores, entram os dados. A democracia agradece”. Feliz Ano Novo.

E Macaé?

Parece que prefeito vai bem, não é? Pelo menos é o que demonstram os números da receita que, em vez dos R$ 2,050 bilhões estimados, teve mais de R$ 560 milhões de royalties e excesso de arrecadação de R$ 460 milhões. Ou seja, entraram nos cofres da prefeitura R$ 2,516 bilhões. Com o reajuste dos impostos e taxas estimados para 2019, é possível que o município possa atingir quase R$ 3 bilhões. Agora, como o prefeito não realiza nenhuma obra de grande importância e que transforme o município, o que até alguns vereadores que tem o dever de fiscalizar, perguntam: onde está todo este dinheiro?

Bem, enquanto os servidores ficaram pelo menos três anos sem reajuste, no final do ano passado, o chefe do Executivo, peitando o Ministério Público e a Justiça, pagou o salário de dezembro e o 13º dos policiais lotados no 32º Batalhão que atuam também em municípios vizinhos. Para demonstrar que sua gestão não é nada boa, resolveu acumular o cargo de Secretário de Saúde. Só que, sentiu que não iria sair bem na fita e não deu conta do recado. As reclamações da população pelas redes sociais continuam e vários secretários foram substituídos porque não deram conta do recado. Afinal, o que se passa por essa secretaria que ninguém sabe, ninguém vê?

Também na Secretaria de Mobilidade Urbana, onde houve um saque no Fundo, aconteceram algumas desavenças e não há quem dê jeito. Quando alguém passa próximo da Secretaria, ao lado do Cemitério Memorial da Igualdade, observa dois containers servindo de base e as obras físicas de um prédio completamente destruídas, há anos. A empresa responsável pela obra, sumiu… A ponte sobre o Rio Macaé com os pilares danificados, vai acabar causando uma tragédia. Agora, só para encerrar a conversa. Já repararam que o município de Macaé, apenas com 250 mil habitantes, arrecada mais do que muitos da região, somados? Vamos ver se, em 2019, o prefeito revela o que vai fazer com tanto dinheiro.

 

PONTADAS

A placa que anuncia a obra da estrada de Santa Teresa, colocada à margem da rodovia Macaé-Glicério, exatamente onde deverá ser construído um anel viário para o entroncamento com a futura rodovia Transportuária, indicava o valor de R$ 77, 453 milhões e o prazo da obra de 29-04-2016 a 29-04-2017. Ou seja, ao valor inicial já deve ter sido feito pelo menos três aditivos e o custo sobe para mais de R$ 100 milhões. No que vai dar isso, ninguém sabe, ainda.

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A pista do aeroporto de Macaé que foi iniciada em junho do ano passado e, de acordo com a previsão da construtora, deveria estar concluída até o fim deste mês, com a antecipação das obras. Mas parece que o resultado não foi o esperado pelo grupo de empresários que todos os meses visitava o local. Agora, o prazo de conclusão é janeiro, quando já deveria estar pronta para pouso e decolagem de voos comerciais.

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A coisa para o lado do prefeito poderá ficar preta no próximo ano. Com a não aprovação dos seus projetos rejeitados na Câmara Municipal, que pretendia anular o valor de R$ 14 milhões, relacionados às emendas impositivas dos vereadores, e também da mudança de cobrança da Contribuição de Iluminação Pública, que garfa do bolso do contribuinte todo mês R$ 6,80 e será maior em 2019, pode dar chabu. Vai ser briga boa.

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Até domingo.