Desde 2014 quando a Operação Lava Jato começou a tomar conta do noticiário, quase a cada dia, com mais ações e fechando o cerco dos criminosos de colarinho branco, muitos pensaram que a situação poderia melhorar no país porque, nunca na história deste país, uma frase célebre extraída do meio político, alguém foi capaz de colocar poderosos atrás das grades. Talvez esta a razão da histórica virada na campanha eleitoral quando Bolsonaro navegando pelas redes sociais, enfrentava todas as dificuldades inimagináveis para ser candidato a presidente.

Enquanto muitos eram colocados atrás das grades pelo então juiz Sérgio Moro, a turma da esquerda se viu acuada e a de direita encontrou um eco para gritar e mudar o rumo em que até o famoso Centrão, partidos aliados que formam a base de coalisão para dar governabilidade ao eleito, acabou vencido pelo meio digital. Mas, e daí? Foi em todo lugar?

Não. Porque em todos os lugares, do maior ou do menor lugarejo, sempre houve denúncias de corrupção e apenas as esferas judiciais, com certeza, assoberbadas com pilhas de processos sem fim não encontravam tempo para investigar novas denúncias, até que tudo foi parando, principalmente depois que o ex-juiz Sergio Moro aceitou convite do presidente para ser o ministro da Justiça e da Segurança Pública. Bem, se passaram um ano e quatro meses de atropelos e sem que houvesse a tal carta branca.

Mas, imaginava-se que tudo estava parando, parando, parando, até que, depois da saída de Sérgio Moro do governo, quem na quinta-feira foi apanhado de novo com a boca na botija, foi o ex-deputado Paulo Melo que em março havia ganhado o direito de prisão domiciliar. E, por que foi preso, de novo? Porque voltou a delinquir e a vender para o estado superfaturando. Tem jeito? A cada dia, vemos mais, do mesmo. E, quando vai mudar? Só Deus sabe…

Pré-campanha

Pode muitos não acreditar, mas, quem disse que não está havendo campanha? Ou seja, os pré-candidatos a vereador e a prefeito já estão em plena campanha para terem seus nomes homologados nas convenções partidárias de julho/agosto. Ou melhor, o que antes era considerada campanha extemporânea, agora é permitido pela legislação eleitoral e como a pandemia exigiu o isolamento social, não quer dizer que os principais pré-candidatos estão parados à espera de um milagre do fim do mal.

Não, estão todos em movimento pelas plataformas da internet realizando lives e fazendo contatos com os eleitores considerando que não pode haver abraços e beijos ou encontros promocionais para reunir um grande número de pessoas. Mas para quem está envolvido até o pescoço para a campanha que começa em agosto, sabe muito bem que o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luis Roberto Barroso, já declarou que é contra a prorrogação de mandatos e, no máximo, o que pode acontecer, é o adiamento das eleições para novembro ou dezembro.

A mesma coisa acontece no Congresso Nacional, embora alguns deputados – não senadores – esboçaram a vontade de apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), para prorrogar os mandatos atuais, mas não encontraram eco porque, o que interessa mesmo, a maioria deles, são os cerca de R$ 3 bilhões do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário, para o financiamento público de campanha. Resta saber quem são aqueles que vão colocar a mão na massa, considerando que já houve até denúncia que o presidente de um partido chegou até a comprar um avião com o dinheiro do Fundo Partidário. Alguns pré-candidatos a prefeito já estão preparando o plano de governo e tem pré-candidato a vereador que está “soltando a lenha”, ou a língua, e perdendo espaço, em vez de crescer.

 

PONTADAS

 

A pandemia que pegou todos de surpresa quando o preço do barril de petróleo já caia bastante levando a Petrobras a encerrar contratos com diversas empresas que pode resultar em muitos desempregos, continua preocupando a classe empresarial. Mas, tem gente que aproveita o momento para “meter a mão” no bolso do contribuinte, como o caso do deputado Paulo Melo, preso outra vez, e o Felipe Peixoto. Fala sério.

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Como a corda arrebenta para o lado mais fraco, tem gente que pensa que é o rei do gado e, de repente, leva uma pernada, ficando manco e deixando mais mancos para trás. A vida é assim, mesmo. São dias de altos e baixos e não adianta ter dinheiro no bolso. Tem que ser amigo de quem tem a caneta poderosa. Se não seguir as regras e quiser ditá-las, acaba rastejando no deserto. Coisas da vida.

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Quem está bastante sumido, mas bastante sumido, mesmo, é o deputado estadual Chico Machado, que tem grande influência no governo estadual. Enquanto isso, o deputado Welberth Resende, continua sua peregrinação em direção ao palácio Oscar Niemayer, situado na Avenida Presidente Sodré. Ele tem feito reuniões frequentes com grupos empresariais e lideranças comunitárias, não só virtuais como presencial.

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Até domingo.