Morre ex-vereador que tentou colocar o nome de Macaé na Bacia de Campos
Faleceu nesta quinta-feira (5) em Macaé o ex-vereador Cristovam Barcelos, ex-funcionário da prefeitura municipal. Natural de Quissamã, Cristóvão Barcelos era contador, trabalhou durante muitos anos na antiga Fábrica Lynce. Na prefeitura exerceu o cargo de Chefe do Departamento de Pessoal e em 1970 elegeu-se vereador pelo MDB, na legislatura 1971/72. Neste período participou de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar possível crime de responsabilidade praticado pelo então prefeito Antônio Curvelo Benjamim, que acabou absolvido.
Reeleito para a legislatura seguinte, em 1974, quando a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo no mar, denominando a histórica descoberta como Bacia de Campos, ele foi autor de telegramas e requerimentos ao então presidente da Petrobras Shigeaki Ueki, protestando e afirmando que, pelas linhas paralelas do Equador, o campo de Garoupa se encontrava na costa de Macaé, onde no final da década de 70, a Petrobras sediou toda sua base para a exploração e produção de petróleo na plataforma continental do litoral fluminense e não parou de reivindicar que a bacia petrolífera fosse denominada como de Macaé e não de Campos. Ele tentou de todas as formas, mudar o nome para Bacia de Macaé e, durante algum tempo, até o Arquivo Nacional buscou informações para saber porque o nome Bacia de Macaé-Campos era utilizado também na imprensa.
Ativo vereador, foi autor de vários requerimentos, indicações e projetos não só em benefício da cidade, atuando como porta voz dos servidores municipais que no início da década de 70, levou os aposentados a ficar com nove meses de atraso no pagamento.
Atuante também na área social, era dedicado a Sociedade Musical Beneficente Nova Aurora, que chegou a presidir. Na sua gestão, conseguiu autorização e construiu de frente para a Avenida Rui Barbosa, um conjunto de lojas e salas que contribuiu para a manutenção da instituição. Cristovam Barcelos chegou a ser líder do ex-prefeito Alcides Ramos (também de Quissamã), e fez parte de várias instituições sociais que prestavam assistência aos mais pobres.
Casado com Cristina e com quatro filhos, Cristovam faleceu aos 80 anos, na madrugada de quinta-feira, por volta das 2 horas e seu corpo foi velado e sepultado no cemitério Memorial Mirante da Igualdade, em Macaé.