A ação acontece nas localidades próximas ao Parque Municipal Atalaia
Macaé receberá na segunda-feira (21) o projeto Ambiente Animal, que consiste em uma série de ações socioambientais com o objetivo de proteger e conservar os animais silvestres das Unidades de Conservação (UCs) do Estado do Rio de Janeiro. Além de rodas de conversas, fortalecimento de uma rede de protetores de animais domésticos e mobilização comunitária, o projeto oferece castrações gratuitas de cães e gatos que vivem no entorno dos parques que compõem essas UCs. Em Macaé, a ação acontecerá nas localidades próximas ao Parque Municipal Atalaia.
No dia 9, uma equipe da Secretaria Municipal de Ambiente se reuniu com representantes do projeto para formalizar a parceria e concluir a execução da ação. “A ideia é promover a consciência na população local de como os animais domésticos podem viver em equilíbrio nas áreas entorno das Unidades de Conservação. Uma outra proposta, sugerida pela secretaria, é fazer com que o projeto atenda, também, as localidades próximas da Área de Preservação Ambiental (APA) do Sana”, destacou o colaborador do Projeto, Rafael Amorim.
Um ponto de atendimento fixo foi instalado, na terça-feira (15), na praça de Córrego do Ouro, para a realização de cadastramento de animais que vivem nas localidades de Torreão, ocupação da beira da estrada do Parque Atalaia (Comunidade 26), Areia Branca e adjacências, Bicuda Grande, Bicuda Pequena e Córrego do Ouro. Somente animais dessas localidades serão atendidos. A estrutura móvel do projeto é composta por quatro caminhões e um contêiner de aproximadamente 12 metros de comprimento e os agentes de mobilização já estão circulando de casa em casa para atender à população.
Em Macaé, o projeto vai até 5 de novembro, de segunda a sábado, num total de 13 dias de castração. Com isso, pretende-se castrar uma média de 390 animais no território.
Para realizar a castração, o projeto determina alguns critérios: a fêmea não pode estar prenha, amamentando ou no cio; nenhum animal pode estar com carrapatos ou pulgas; animais com peso mínimo de 2kg e máximo de 20 kg e idade de seis meses a seis anos.
Sobre o projeto
Este é um projeto da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), com recursos da Compensação Ambiental (art 36) operacionalizados pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e executado com o Viva Rio em parceira com a Chipi Care. Seu início se deu em dezembro de 2017 e a previsão de conclusão é dezembro de 2019.
O Estado do Rio de Janeiro tem a maior concentração de áreas protegidas do bioma Mata Atlântica e ecossistemas associados do Brasil. Segundo levantamento da SEAS em 2016, cerca de 863.000 hectares, ou seja 20% do território estadual, encontra-se legalmente protegido por meio de 464 Unidades de Conservação (UCs).
Os cães domésticos são predadores e exímios caçadores, além disso podem transmitir doenças como a raiva, a cinomose e a parvovirose à fauna nativa, assim como atacar pessoas. Gatos domésticos são predadores vorazes de pequenos animais. Para que se possa alcançar o objetivo de minimização dos impactos desses animais domésticos em áreas naturais, o projeto foi planejado se apoiando sobre três pilares fundamentais para a reversão deste problema crônico: educação e apoio a campanhas de adoção de animais, controle populacional e seminário técnico-científico para discussão dos resultados.