Capital do Petróleo soma mais de R$ 460 milhões em excessos de receitas
Se existe a bonança após um longo período de tempestade, Macaé é a prova viva de que os impactos da crise podem ser substituídos por um cenário ainda mais próspero, e nunca visto antes na história da cidade, nem mesmo a partir da distribuição das compensações do petróleo. Ao marcar de vez o rompimento das barreiras da crise, a Capital Nacional do Petróleo foi capaz de atingir em 2018, a arrecadação improvável de mais de R$ 2.516 bilhões, algo inédito não apenas para a própria cidade, mas dentre todos os demais municípios do interior do Estado do Rio de Janeiro.
E mesmo perdendo, em cotas da Participação Especial, para Niterói, Campos e Maricá, Macaé ainda é o município litorâneo da Bacia de Campos a somar o maior volume de receitas do petróleo, especialmente com as parcelas dos royalties. Apenas neste ano, mais de R$ 560 milhões entraram nas contas do governo com essas fontes.
Apesar de faltar, e muito, serviços de assistência à população, sobram cifras para um governo que ainda tenta enfrentar o desequilíbrio administrativo e político. Para 2018, as secretarias municipais de Fazenda e de Planejamento estimavam arrecadar quase R$ 2.050 bilhões. Com os mais de R$ 2,516 bilhões arrecadados, sobram mais de R$ 460 milhões em receitas não estimadas pelo governo, e consequentemente, sem previsão de despesas, podendo ser direcionadas para qualquer lugar.
Para 2019, o governo estima arrecadar algo em torno de R$ 2,3 bilhões. Porém, com a expectativa de retomada da indústria de óleo e gás, através da modernização dos sistemas de operação nos campos do pós-sal, e investimentos pesados no potencial do pré-sal, os cofres do governo deverão manter os superlativos e se aproximar cada vez mais dos R$ 3 bilhões.