Laranja da Baixada venceu o Alvianil Praiano com goleada de 4 a 0. As duas equipes garantiram permanência na Seletiva
A permanência já estava garantida e o Macaé Esporte e o Nova Iguaçu entraram em campo apenas para cumprir tabela pelo Grupo X do Campeonato Carioca. Apesar de estarem garantidos nas Seletivas do próximo ano, o Alvianil Praiano não esperava terminar o campeonato com a amarga derrota por 4 a 0. O jogo aconteceu na última sexta-feira (22), no Estádio do Ferreirão, em Cardoso Moreira.
O jogo começou com o Laranja da Baixada pressionando o Macaé. O primeiro susto veio logo aos cinco minutos após uma jogada de Lucas Campos que foi interrompida com uma defesa de Bambu. No rebote, o atacante tentou mais uma vez, mas acertou a trave. Aos 12 minutos Paulo Henrique tentou uma finalização e o arqueiro do Leão defendeu mais uma vez. O Nova Iguaçu se mostrava bem mais ofensivo em campo do que o adversário. Após tanto insistir, aos 17 minutos veio o primeiro gol. Marquinhos do Sul cobrou escanteio e Julinho, de cabeça, abriu o placar.
O segundo gol veio logo em seguida, aos 22 minutos, com uma jogada de Iuri Pimentel para Marquinhos do Sul, que finalizou com força. O terceiro gol veio ainda no final do primeiro tempo. Aos 43 minutos, Thiago Ryan cruzou da linha de fundo para Marquinhos fazer o seu segundo, o terceiro do time adversário.
No segundo tempo, o Nova Iguaçu já tinha diminuído o ritmo, dando a oportunidade do Macaé crescer no jogo e buscar o empate ou a virada. Aos 4 minutos, Matheus Babi levou perigo à área adversária, mas não conseguiu êxito ao finalizar a jogada individual.
O Macaé continuou tentando, mas o gol não saia. Aos 40 minutos, o Nova Iguaçu fez o seu quarto gol em uma jogada entre Raphael Neuhaus e Lucas Campos, que furou a marcação e passou para Vitor Félix chutar e consolidar a vitória dos visitantes.
Esse foi o último compromisso do Leão esse ano. O treinador do Macaé, Luis Antônio Zaluar, em entrevista ao site Futrio.net, fez uma avaliação de toda a temporada. A equipe teve, entre Seletiva e Grupo X, quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. “Pra toda situação que vivemos, nas duas fases, Seletiva e Grupo X, foi um resultado muito bom ter ficado na Seletiva.
É justo pelo que apresentamos. Convivemos com dificuldades, algo comum nos clubes de menor investimento, que têm pouco apoio. Também tivemos dificuldades na estrutura, pois perdemos o Estádio Cláudio Moacyr durante a competição e trabalhamos num CT que não é do clube. O número de jogadores era muito pequeno, na Seletiva só tínhamos 22. Quando a equipe não vai para a fase principal, os atletas acabam recebendo propostas melhores e nós perdemos sete jogadores”, disse.
Comparando as duas etapas do Cariocão, ele deu a sua opinião. “O Grupo X é mais justo do que a Seletiva. Na Seletiva são cinco jogos, qualquer erro é fatal. No Grupo X são jogos de ida e volta. Há tempo para se recuperar. Desde que eu cheguei, só perdemos três jogos: para América, Americano e Nova Iguaçu agora. Nem amistosos perdemos. Na minha concepção, não fomos para a fase principal por causa daquele jogo contra o Americano, quando tivemos aquele pênalti contra com um minuto de jogo e ele foi muito mal marcado. Se analisarmos o campeonato como um todo, o Macaé teve um bom aproveitamento convivendo com todas essas dificuldades”, finalizou.
“Acho que o regulamento da Seletiva e do Grupo X precisa ser repensado. Perder jogador e não poder repor é muito complicado. E acho que a Seletiva deveria ser com jogos de ida e volta. Sei das dificuldades das datas, mas seria mais justo. Quando você não vai para a fase principal, é uma desmotivação grande dos jogadores. Os quatro clubes sofreram muito. E ainda tinha a possibilidade do Grupo Z, em caso de empate na pontuação”, concluiu.
