As declarações do governo Lula e do PT contra possíveis sanções dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes mostram algo preocupante: estão dispostos a tudo para proteger um aliado no STF. A retórica usada até aqui não é só de “soberania nacional”, mas de confronto direto com uma potência mundial que denuncia violações de direitos humanos.
Enquanto a Casa Branca cogita aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes e parentes de ministros que possuem escritórios de advocacia que faturam alto, o governo Lula tenta vender a narrativa de que tudo é uma “interferência externa”. É a mesma cartilha usada por ditaduras como Cuba e Venezuela sempre que confrontadas por organismos internacionais.
Lula já se solidarizou publicamente com ditadores, recebeu Nicolás Maduro com tapete vermelho e relativizou prisões políticas em regimes autoritários. Agora, para salvar Moraes, está disposto a levar o Brasil por esse mesmo caminho. O risco é transformar o país em mais uma republiqueta autoritária isolada, apenas para blindar um ministro que silenciou vozes críticas e deu uma enorme ajuda nas eleições de 2022.
Quando for sancionado pela Lei Magnitsky, Alexandre de Moraes terá seus bens bloqueados nos EUA, o visto cancelado e será proibido de manter relações financeiras com empresas ou cidadãos americanos, tornando-se um pária internacional no sistema bancário ocidental.
Para tentar escapar das sanções, Lula e Moraes podem empurrar o Brasil para fora do sistema bancário internacional, romper de vez as relações com os EUA e endurecer ainda mais a censura nas redes sociais, além de intensificar a repressão policial contra opositores e contra o presidente Bolsonaro.