Resposta do DOJ apresentou documentos onde investigados reconhecem os atos de corrupção cometidos pela empresa, contradizendo as afirmações de Lula.
Em um discurso mentiroso na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, Lula da Silva acusou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) de colaborar com juízes e procuradores brasileiros contra a Petrobras. A declaração, feita na quinta-feira (18), insinuou uma aliança internacional visando prejudicar a estatal brasileira. Lula associou a participação do DOJ aos escândalos de corrupção ocorridos dentro da Petrobras, especialmente durante a investigação da Operação Lava Jato.
Lula foi rapidamente desmentido pelo Governo dos EUA. O jornalista Samuel Pancher, do Metrópoles, obteve uma resposta do Departamento de Justiça americano, que incluiu a cópia do acordo firmado entre a Petrobras e a justiça dos EUA. Este documento reconhece os atos de corrupção cometidos pela empresa, desmentindo as afirmações de Lula. O acordo menciona prejuízos financeiros significativos, incluindo os 14 bilhões de dólares perdidos na construção da refinaria de Abreu e Lima, um dos focos da investigação da Lava Jato.
Ex-procurador federal Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro, figuras centrais na Operação Lava Jato, reagiram às declarações de Lula e à resposta do DOJ. Dallagnol, em suas redes sociais, criticou o presidente por ignorar os “fatos e provas” apresentados pelo Departamento de Justiça americano. Moro, por sua vez, atribuiu os problemas da Petrobras à gestão anterior do PT, que, segundo ele, nomeou diretores corruptos para a empresa. Essas reações evidenciam um contraponto às acusações de Lula, reforçando a complexidade e a controvérsia do caso envolvendo a Petrobras e a política brasileira.