A possível cassação de Moro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), embora tenha como objetivo acabar com a carreira do senador e ex-juiz da Lava-Jato, pode inadvertidamente fortalecer o Partido Liberal (PL) no Paraná e no Senado Federal.
O presidente Lula sempre se mostrou determinado a cumprir sua promessa de que “só estaria bem quando f*desse esse Moro”, planejando utilizar todas as suas influências e conexões nesse esforço. No entanto, essa vingança pessoal pode resultar em um efeito colateral indesejado. A possível cassação de Moro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), embora tenha como objetivo acabar com a carreira do senador e ex-juiz da Lava-Jato, pode inadvertidamente fortalecer o Partido Liberal (PL) no Paraná e no Senado Federal.
Paulo Martins, conhecido por sua fidelidade ao ex-presidente Bolsonaro, e que foi o segundo mais votado nas últimas eleições, surge como o principal candidato a ocupar o cargo em uma eventual eleição suplementar. Apoiado por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e com a popularidade de Michelle Bolsonaro como uma forte concorrente, o cenário sugere um aumento da influência bolsonarista no Senado.
Após a absolvição de Moro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em acusações de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, tanto o Partido dos Trabalhadores (PT) quanto o Partido Liberal decidiram recorrer da decisão, jogando a decisão no colo de Alexandre de Moraes e o grupo de ministros influenciáveis pela personalidade do ministro.
Mesmo considerando o mandato de Moro como discreto e “gerenciável”, especialmente após recentes aproximações entre Moro e Flávio Dino durante a sabatina no Senado, a estratégia atual de Lula pode, sem intenção, abrir caminho para um representante mais fielmente alinhado à direita. Em resposta, o PT está avaliando lançar Gleisi Hoffmann ou Zeca Dirceu, ambos sujeitos a uma prévia interna, intensificando a polarização política no estado.
Ainda não há uma data definida para o julgamento do recurso no TSE.
Por portal Novo Norte