A Live do Orgulho, promovida pelo grupo Cores da Vida – uma Organização Não Governamental (Ong), LGBTI+ que atua há 10 anos em Rio das Ostras, encerrou a “Semana Macaé pela Diversidade”. Exibida na página do Facebook do grupo, na última sexta-feira (2), reuniu diversos atores e militantes para conversarem sobre cultura, artes e políticas públicas.
A roda de conversa com representantes dos movimentos sociais contou com a participação de Fernanda Machado, presidente do Cores da Vida; Celício Aguiar, presidente do Grupo da Diversidade de Macaé (GDM); Mário Sérgio, presidente da Ong MDS; Eddie Paiva, assessor parlamentar do mandato da vereadora Izza Vicente (Rede); Tayse Marinho, coordenadora de Políticas de Acesso e Gênero da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade (SMDSDHA); Marilena Garcia, ex-vereadora e Babu Galvão, militante da luta LGBTI+ e da resistência livre.
Os participantes discutiram a importância dos movimentos sociais LGBTI+, a luta contra qualquer tipo de opressão e a construção das políticas públicas para a população LBGTI+, entre outros assuntos com destaque para a Audiência Pública ocorrida na Câmara de Vereadores de Macaé.
A coordenadora de Políticas de Acesso e Gênero da SMDSDHA, Tayse Marinho, ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido no município de Macaé em prol da população LGBTI+ como o cadastro, os encaminhamentos de saúde e o mutirão de retificação do nome social, entre outros. Ela destacou o apoio que vem recebendo do secretário Mauro Torres que coloca o Desenvolvimento Social de portas abertas para a execução das políticas públicas concernentes e que mandou iluminar coloridamente, a torre do Hotel de Deus. “É a primeira vez que vejo um prédio público iluminado com as cores LGBTI+, em homenagem e respeito à diversidade”.
Outros atores da Roda de Conversa também se manifestaram. Mário Sérgio, da Ong MDS, contou a história do movimento LGBTI+ de Macaé, dede 2005. Marilena Garcia, pioneira na luta por políticas públicas, falou sobre o reconhecimento, representatividade e sobre a luta que ela tem passado por essa população.
Indicativos propostos na Semana Macaé pela Diversidade – Encerrando com saldo positivo, o evento resultou com proposições, como a Formação do Conselho Municipal de Políticas LGBTQIA+, objetivando receber demandas, denúncias e pensar políticas públicas de forma contínua. Segundo os atores, o Conselho deverá ser criado por força de lei e não por decreto, caso contrário, o funcionamento do Conselho ficará submetido à vontade do Executivo, que muda periodicamente e pode retroceder na garantia de direitos. Outra sugestão levantada foi a de que o município tenha um abrigo para pessoas LGBTQIA+ em idade avançada.
Conforme a coordenadora de Políticas de Acesso e Gênero da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade (SMDSDHA), Tayse Marinho, as sugestões e indicativos propostos na Semana Macaé pela Diversidade foram levados ao Legislativo. A coordenação buscará resoluções do Executivo, para que sejam possivelmente transformadas em políticas públicas LGBTI+.