A obra ‘Quase Tudo é Verdade – Histórias mundanas e outras nem tanto’, de autoria do arquiteto Claudio Santos, é lançada em noite especial de autógrafos, nesta quinta-feira (11)
O arquiteto Cláudio Augusto da Silva Santos apresenta uma nova face do seu talento, estreando com muitas expectativas no cenário literário. O macaense vive noite especial de autógrafos, nesta quinta-feira (11), com o lançamento do seu livro ‘Quase Tudo é Verdade – Histórias mundanas e outras nem tanto’, que acontece às 18h no Restaurante Durval – Praia dos Cavaleiros.
A obra tem prefácio assinado pelo Jornalista Hudson Carvalho, apresentação do Jornalista Carlos Marchi e comentários da Pedagoga e Gestora Cultural Maria Terezinha Carvalho Vasconcellos.
O autor ressalta que o livro apresenta temas diversos, memórias misturadas com ficção, e quase sempre tendo Macaé como cenário. “Tenho me divertido (e me emocionado) muito, ao escrever o livro. Inclusive já tenho muitas outras coisas escritas, ficcionais e memórias também”, afirma o arquiteto.
Em seu prefácio, o Jornalista Hudson Carvalho destaca que, nesta obra de Cláudio da Silva Santos, a protagonista é a vida. “Celebra-se a vida e suas dimensões em quase todos os parágrafos. E os causos revelam-se com a simplicidade que ‘uma dona de casa escreve um livro de receitas, um cantor de chuveiro canta’, tal salienta o autor no prólogo. No opúsculo, reluz o oposto do baixo-astral e da antivida impostos, mundialmente, pela peste momentânea – a funesta Covid-19”, frisa Hudson. E prossegue: “Cláudio ama a vida; e a maioria das histórias decorre dessa volúpia. Quem ama a vida demasiadamente sabe da inutilidade de tentar conduzi-la; aprende que o recomendável é se deixar levar por ela. “Ame a vida que você vive”, ensinara Bob Marley, em rica reflexão de duplo sentido. Cláudio é dos que “curtem a vida sem calendários”, dos que vivem apenas pela exuberância de viver. Essa índole privilegiada lhe permite encontrar inspiração em um hipnotizador de galinhas, em testemunhar Zeca Pagodinho “regar” um pé de acerola com cerveja e em acompanhar amigo, na madrugada, para vê-lo beber sangue quente de boi no matadouro e “insistir na noite que já se despedia”.
Hudson Carvalho frisa ainda que “o rio Macaé e o arquipélago de Sant’Ana merecem espaços especiais no coração provinciano do autor de mente cosmopolita. Nativo das imediações de sua pororoca, Cláudio teve no flume parte constitutiva de sua vivência. E conclui: “O leve e saboroso livro “quase TUDO É VERDADE” não ambiciona status documental, mas é uma obra que o referente e saudoso professor Tonito Parada apreciaria bastante.”
Já o jornalista Carlos Marchi, em sua apresentação, fala da obra como ‘Um roteiro da alma’, questionando o lugar no mundo de cada um. “Esta é a pergunta de ouro, para a qual buscamos resposta a vida inteira. Alguns felizardos, como Cláudio, acharam a resposta, como está inequivocamente demonstrado nesse coerente e transparente conjunto de crônicas; a maioria de nós, no entanto, passa a vida avançando sinais, atropelando cachorros, caindo em buracos, extrapolando a velocidade, invadindo lugares indevidos, experimentando ares e gostares – sem nunca encontrar a resposta”, diz o jornalista.
Marchy prossegue ressaltando que “estas crônicas aqui dispostas dão a resposta à pergunta de ouro e às muitas perguntas que se seguem – e que a gente se angustia em responder quando chega a velhice, como se não fosse dar tempo de explicar tudo. E não dá mesmo: temos muito pouco tempo de vida pela frente para relatar a tão longa e adorável experimentação que nós, os filhos de Macaé, descobrimos naturalmente na juventude.
Em seus comentários, a Pedagoga e Gestora Cultural Maria Terezinha Vasconcellos afirma que ‘Quase tudo é verdade’ são “histórias em forma de crônicas, cujas narrativas são lembranças reais, vivenciadas pelo autor. Seus textos marcados pela liberdade, humor e emoção iluminam algumas questões universais com a singeleza e o olhar atento para o seu lugar e tempo e para as pessoas que fizeram parte desse cotidiano vivido e saboreado. Os temas, muito diversos, algumas vezes aproximam assuntos, criando lugares de reconhecimento para o leitor. Sua escrita envolvente e sensível, revela muito ao leitor fazendo-o viajar nesse mundo encantado da memória”, diz Terezinha.
A gestora cultural continua: “Não se trata de uma biografia mas relata como era a vida de um menino que desvenda as belezas e delicias de sua cidade, de um jovem que sai em busca do seu encontro com a profissão escolhida, de um homem que se envolve com as questões de sua cidade e de seu país, através de engajamento político consciente e de ativismo cultural intenso.
E conclui: Seu amor à terra natal, desponta em suas crônicas como forma de testemunho leal de figuras e fatos um tanto recentes, de forma poética, às vezes melancólica, mas sempre esperançosa.”
Trajetória do arquiteto
Arquiteto e Urbanista formado pela UFRJ, Claudio Augusto da Silva Santos foi o primeiro Secretário de Obras dos municípios de Macaé e de Rio das Ostras. Eleito Vereador, atuou como Presidente da Comissão de Cultura do Legislativo macaense, tendo iniciado o movimento que resultou na criação da Fundação Macaé de Cultura. É autor do projeto original da Cidade Universitária, Coordenador de Atividades Comunitárias e de Interiorização da UERJ, Vice-Presidente (duas gestões) da Fundação Macaé de Cultura, foi , Gerente de Projetos do extinto Programa Orçamento Participativo da Prefeitura Municipal de Macaé, Co-autor das “Mostras Visuais de Artes Plásticas e Fotografia” e da reedição do Jornal “O Século”, além de Idealizador e Curador da Mostra Coletiva de Artes Plásticas “Um Olhar Imaginário”.